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Tracker tem visual moderno, motor 1.2 turbinado e wi-fi a bordo para desbancar rivais

Escrito por Roberto Nunes

Por Roberto Nunes
O mundo dos SUV´s urbanos está bem renovado. Nos últimos anos, surgiram novidades para balançar as estruturas do segmento de utilitários com “pegada citadina”. No mês de julho, o VW T-Cross ganhou o topo do pódio e disparou na frente em vendas, transformando-se no veículo mais vendido no Brasil. Assim, o hatch Onix perdeu a majestade no mês passado. Mas a Chevrolet é a líder no país e está atualmente com sua linha totalmente renovada de veículos. Um dos mais recentes é o Tracker, agora feito no Brasil e com visual moderno e um pacotaço de equipamentos nas versões com motores turbinados 1.0 e 1.2, ambos flex.
AUTOS E MOTOS rodou por oito dias com o Tracker Premier, o topo da gama. Produzido na modernizada e tradicional fábrica da General Motors do Brasil em São Caetano, no ABC paulista, o Tracker “brasileiro” já é o quinto SUV mais vendido no mercado brasileiro.
Com preço inicial de R$ 70 mil, o Tracker vem equipado com o motor 1.0 turbo flex, com tecnologia de três cilindros, 12 válvulas, 116 cv de potência e torque de 16,8 kgfm. Mas o valor cobrado na concessionária é de R$ R$ 89.900 para a versão com transmissão automática de seis velocidades e um pacote básico bem generoso para brigar com o andar de baixo dos SUV´s compactos no mercado brasileiro.
 

No entanto, AUTOS E MOTOS andou no topo da gama com motor 1.2 turbo flex. É bem verdade que a Chevrolet equipou bem o Tracker em todas as versões. De série, já vem com seis airbags (duplo frontal, duplo lateral, duplo de cortina), controle eletrônico de estabilidade, de tração e assistente de partida em rampa. Tem ainda os obrigatórios freios ABS com EBD, cintos de segurança de três pontos para todos os ocupantes, apoios de cabeça em todas as posições, sistema Isofix e Top Tether. É – digamos assim – um básico bem recheado.
O Tracker Premier tem itens que realmente a concorrência não oferece nem pagando. Há wi-fi a bordo, sistema de carregamento de smartphones por indução e o OnStar, um serviço de concierge presencial para facilitar a vida do motorista. A Chevrolet caprichou também no visual do SUV Tracker com frente imponente, luzes de condução diurna em LED, rack de teto, retrovisores externos com ajustes elétricos e indicadores de tráfego. A lista de equipamentos é grande e inclui alarme antifurto, regulagem de altura dos faróis, ar-condicionado digital, chave canivete, coluna de direção regulável em altura e profundidade, descansa braço, volante com comandos de rádio e telefone e painel de instrumentos em TFT de 3,5″.

Para entrar no carro, a chave é no bolso (presencial e basta apenas chegar perto dos sensores localizados próximos das maçanetas). Liga o carro no botão de start/stop. Há vidros elétricos nas quatro portas, banco do motorista com reguelagem de altura, alerta de colisão frontal com frenagem automática de emergência, faróis dianteiros do tipo projetor, assistente de estacionamento. De quebra, há opção de bancos de couro e teto solar elétrico panorâmico.
E o uso da central multimídia MyLink, de terceira geração, é simples e bem fácil. Com sistema de toque na tela, você consegue emparelhar rapidamente seu smartphone via android auto ou apple car e usar os seus aplicativos preferenciais na tela do multimídia. Caso você queira usar o carro como roteador, é fácil também, fazendo a conexão da rede Chevrolet – wi-fi está sendo ofertado sem custo neste primeiro momento – para usar a internet do próprio veículo. Isso aqui é a grande sacada da Chevrolet no Tracker, que se diferencia num mundo tão conectado frente aos rivais no mercado brasileiro.

Rivalidade

E o que realmente a Chevrolet oferece mais para desbancar o Jeep Renegade, Volkswagen T-Cross, Hyundai Creta e Nissan Kicks, os SUV´s urbanos mais vendidos atualmente no país? Ai a limonada não é feita apenas com um limão, água e açúcar. A dosagem dos ingredientes deve ser de acordo com o paladar.

Se é por segurança, o Tracker tem sim itens que o deixam um degrau acima. Há um sistema de alerta de colisão frontal com frenagem automática de emergência, o que Kicks e Creta dispensam. O painel do T-Cross na configuração mais cara é o mais moderno de todos. O Renegade é o único com DNA offroad e a Jeep tem apostado nisso com a nova versão Moab – em alusão ao deserto dos Estados Unidos – equipado com motor a diesel, de 170 cv, e tração 4×4 com seletor de troca no console central.

Mas hoje quem compra um SUV estaciona o carro na garagem da casa da cidade. O Tracker é sim um veículo urbanoíde. O novo Tracker 2021 tem 4,27 metros de comprimento, 1,79 m de largura (sem espelhos retrovisores), 1,624 m de altura e 2,57 m de entre-eixos. A capacidade do porta-malas é de 393 litros. No porta-malas, perde apenas para Nissan Kicks (432 litros) e Hyundai Creta (431 litros).

O Tracker pesa 1.271 kg e tem um tanque de combustível de 44 litros. Nem é bom falar de consumo – AUTOS E MOTOS NÃO DIVULGA CONSUMO DO FABRICANTE – já que isso depende muito do pé do motorista e das condições de uso. A Chevrolet lançou um novo propulsor – este 1.2 turbinado estreou no Tracker – na sua família de motores turbinados para carros compactos.

Num passado remoto, a GM do Brasil nem gostava muito de falar de motores, pois usava no início dos anos 2000 uma gama de propulsores antigos, da década de 80 e 90 nos seus carros. No entanto, isso mudou e mudou muito. Atualmente, a gama de motores é moderna. No entanto, provocou dúvidas ao lançar o novo Onix com motor 1.0 turbo “explosivo” – houve um recall com 19.050 unidades.

O inédito 1.2 turbo flex de 133 cv e 21,4 kgfm chegou no Tracker em três opções, todas de câmbio automático. Sem histórico de quebras e de manutenção, o Tracker “nacional” enfrenta modelos que já estão no mercado e de poder de revenda com dois, três anos de uso. O Renegade sofreu com mudanças mecânicas e mantém a liderança. Porém, a VW emplacou bons meses com o T-Cross e entra na briga junto com o novo Tracker pela liderança no segmento de SUV´s urbanos no Brasil.

A Chevrolet oferece uma paleta de cores com o branco Summit (sólida), Azul Eclipe, Prata Switchblade, Preto Ouro Negro e Vermelho Chili. Tracker 2021 Premier (top de linha) e Azul Power. A vesrão mais cara beira os R$ 120 mil e a garantia do novo Tracker 2021 é de 3 anos.

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Roberto Nunes

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