Fim de semana de Fórmula 1, é sempre assim: Hamilton venceu, Hamilton ganhou, o piloto inglês Lewis Hamilton é o grande vencedor do GP da França. Nada contra o pentacampeoão Lewis Hamilton, mas a competição na Fórmula 1 perdeu realmente a graça. Neste último domingo, mais uma vez Hamilton ganhou e ligou a luz vermelha da falta de competitividade na Fórmula 1.
Já não há mais emoção para quem gosta de ver, via TV, as corridas da F1. Nos bons tempos de Fangio, Piquet e Senna, o carro nunca ganhava. Quem guiava o bólido era o grande vencedor e, nesta época, o campeão da F1 sempre ganhou respeito pelas suas conquistas, literalmente, no braço.
O homem dominava a “máquina” e não era como hoje, quando pilotos como Fernando Alonso, talentoso e que guia com maestria, não têm mais vez diante de equipes com alto poder de milhões de dólares e seus carros cheios de tecnologia.
Nem pense e nem espere de assistir novos pilotos talentosos brilhando nas pistas da F1. Se antes ganhar 10 GP´s era uma grande marca para o piloto, hoje com 18 corridas ao ano fica cada vez mais fácil ganhar 10 corridas na Fórmula 1.
A lista dos vencedores de provas é ainda encabeçada pelo alemão Michael Schumacher com 91 corridas. Lewis Hamilton tem 79 corridas e Sebastian Vettel conquistou 52 provas. Alain Prost e Ayrton Senna fecham o quinteto dos maiores vencedores da F1, com 51 corridas e 41 corridas, respectivamente.
Deixei de assistir a F1. Era telespectador assíduo e hoje não vejo mais emoção nas provas da categoria mais importante do automobilismo. Cresci vendo os embates de Prost e Senna e Mansel e Piquet. Nesta época, a torcida era grande e sempre ganhou quem conseguia fazer as curvas mais redondas e aceleradas mais fortes nas retas. O carro ajuda e muito mas o piloto sempre fazia a diferença na hora de uma freada antes da curvas e nas ultrapassagens.
A história de Fangio nas corridas da Fórmula 1 e na França
O circuito de Paul Ricard, na França, sediou a 8° etapa da temporada 2019 da Fórmula 1 e, mais uma vez, a prova foi morna e sem tantas ultrapassagens, deixando assim bem previsível a corrida na França. No fim de tudo, Hamilton venceu, e não há chances para outros pilotos e carros na temporada 2019.
Por outro lado, a corrida trouxe a memória a gloriosa trajetória de Juan Manuel Fangio, que competiu seu primeiro Grand Prix em Reims, neste mesmo país. Fangio, filho de imigrantes italianos, nasceu no dia 24 de junho de 1911, há 108 anos, na pequena cidade de Balcarce, na Argentina. Quando jovem, se dedicou a estudar mecânica, abrindo, em 1932 sua própria oficina, inspirado pela paixão de seus compatriotas por automobilismo. Quatro anos depois, o piloto competiu sua primeira corrida em um táxi convertido.
Juan Manuel Fangio dominou a primeira década da Fórmula 1, se tornando uma lenda no esporte. Além de 24 vitórias em 51 Grand Prix, o argentino alcançou, também, cinco vitórias no campeonato mundial, sendo dois pela Mercedes-Benz. Já, em 16 de janeiro de 1955, venceu, também pela marca, o Grande Prêmio da Argentina, sua primeira corrida em casa. Três anos mais tarde, o piloto competiu seu último Grand Prix, mais uma vez em Reims, cuja longa reta final deu a ele tempo para pensar sua trajetória na categoria. Foi lá, então, que decidiu encerrar a sua carreira nas pistas.
Após sua aposentadoria, Juan Manuel Fangio tornou-se presidente da Mercedes-Benz Argentina S.A. em 1974. Com sua história e desempenho à frente da marca, se tornou presidente honorário e vitalício até 1995, ano de sua partida. Seguindo os passos de Fangio, o também pentacampeão Lewis Hamilton venceu mais uma etapa neste domingo, mantendo a liderança na competição. Para homenagear o ex-piloto, durante o Grande Prêmio do Brasil, em 2018, etapa em que a Mercedes-AMG Petronas ganhou o seu quinto Campeonato Mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton compartilhou um momento emocionante junto a Juan Manuel Fangio II, sobrinho do pentacampeão argentino.
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