O motociclista vivencia o rodar em cima de duas rodas como também a “cultura” da motocicleta. E nada melhor do que uma data comemorativa. Hoje é 27 de julho, Dia do Motociclista. Esta data surgiu como uma celebração a todos que optaram por viver sobre duas rodas, seja por trabalho, hobby ou paixão. É celebrado por uma razão bem especial: nos anos 70, a Associação Brasileira de Motociclistas (ABRAM) decidiu oficializar as comemorações no calendário nacional de eventos.
A partir daí, sempre há passeios e eventos nesta data. Infelizmente, a pandemia do Covid-19 impediu os motopasseios e encontros para conter o avanço da proliferação do vírus entre as pessoas. Mas a equipe AUTOS E MOTOS registra o dia do motociclista e mostra alguns caminhos para quem está começando a paixão pelas duas rodas.
É sempre bom reforçar os ensinamentos para ficar em equilíbrio dinâmico em cima de uma motocicleta e aproveitar os momentos de lazer, sozinho ou bem acompanhado na garupa. O treinamento dos futuros motociclistas requer atenção redobrada para seguir as regrinhas básicas para pilotar uma moto na cidade ou em viagens (curtas e longas). Treinar em local tranquilo é essencial. É bom sempre ter cuidado na hora de tirar a moto do cavalete, ligá-la e a sair. Atenção especial para frear certo e frear progressivamente. Conheça bem sua moto e saiba fazer a redução de marchas e entrar bem nas curvas abertas.
O motociclista Osvaldo Meron, instrutor de duas rodas e um dos pioneiros do Moto Grupo da Bahia, a mais antiga entidade organizada de motociclista do estado, adianta que a prudência em duas rodas é essencial. “Quer curtir a moto e quero ir e voltar para a minha casa, Esse é o lema de todo motociclista consciente”, reforça Meron.
Professor de centenas de alunos ao longo de 50 anos como instrutor de motociclismo em Salvador, Osvaldo Meron aconselha a escolha certa da motocicleta. Ele é totalmente contrário a compra de uma motocicleta de média ou de alta cilindrada para principiantes. O instrutor diz que é indicado uma moto de 150 cc ou 190 cc. “Comece com uma moto pequena e, ao longo dos anos, você pode até trocar de cilindrada comprando uma moto maior, Isso vai depender das suas habilidades”, orienta Meron, dizendo que o limite do motociclista deve ser medido de acordo com suas habilidades.
Treine mais e ande mais de moto:
Moto e piloto devem formar um conjunto único e, para isso desenvolver essa habilidade, um dos melhores exercícios é o zigue-zague, as mudanças de direção em sequência. Comece em velocidade que seja natural para você, lembrando que muito devagar é difícil manter equilíbrio e muito rápido, perigoso. Alterne a direção da moto de maneira suave, usando apenas o corpo, sem forçar o guidão. Conforme ganhar confiança, aumente a rapidez e a frequência na troca de direção.
Mudar de trajetória acelerando é o exercício da ultrapassagem. Mantenha uma velocidade constante, 40 km/h por exemplo e, de modo gradual, acelere e ao mesmo tempo e simule a ultrapassagem de um veículo a sua frente para, depois, voltar à linha anterior, desacelerando. Quando estiver seguro, evolua o exercício reduzindo uma marcha antes de começar a manobra. E mudar de trajetória freando é o exercício do desvio de obstáculo. Em velocidade constante e, progressivamente, treine desviar de um objeto imaginário (ou não, uma pequena caixa de papelão serve) enquanto freia suavemente. Aumente a velocidade e a intensidade de frenagem conforme for sentindo segurança.
Quando você estiver dominando razoavelmente as manobras acima, peça a um amigo motociclista experiente para montar em sua garupa e repita tudo isso. A ideia é perceber a diferença que o passageiro provoca na dinâmica de qualquer moto e, além disso, ouvir os conselhos de quem já superou a fase inicial da vida ao guidão. Lembre-se: ninguém nasce sabendo!
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