Durval Pereira
Ao findar o GP de Sakhir (Bahrein) não consigo entender (e enfatizo o pronome pessoal, no caso, oculto) a falta de qualquer questionamento por parte da imprensa mundial embasbacada e crédula com os resultados do inglês Lewis Hamilton.
Chegar a F1 é uma luta insana. São os melhores dos melhores e mesmo assim requer alguma adaptação. Chega um piloto reserva, faz praticamente o mesmo tempo do hepta campeão mundial, a quem substituiu, e as pessoas acham normal. NÃO É…É ABSURDO…é a prova mais que cabal da enorme superioridade das Mercedes sobre os concorrentes e questiona a real qualidade do Hamilton.
Na minha opinião, com certeza, ser o melhor de todos os tempos assim não é tão difícil. Todos viram o George Russell dominar treinos e corrida e só não ganhar com um mundão de segundos na frente dos outros devido a mais uma situação constrangedora na Fórmula Um. Simplesmente a equipe sinônimo de eficiência, que troca pneus em impensáveis 1,8 segundo, fazer trapalhadas dignas de O Gordo e o Magro ou dos Três Patetas. A pataquada além de vergonhosa foi perigosa pois o Russel deu uma volta com pneus com características diferentes o que é proibido por ser muito perigoso.
Vejo umas coisas muito suspeitasse nessa sucessão de erros da equipe. Ficaria muito esquisito o Russel fazer na sua primeira corrida na equipe tudo o que o Hamilton faz nós últimos sete anos.
Esse erro me lembra muito o GP de Nurburgring em 1999 quando o piloto Eddie Irvine lutava pelo o título já que o Michael Schumacher havia quebrado a perna. Na 21a volta a equipe colocou o pneu traseiro direito diferente dos outros. Na ocasião o Irvine estava saindo da equipe e todos sabiam que Schumacher preferia ver uma equipe rival campeã a ver seu segundo piloto com o título.
O mesmo sentimento acredito que aconteceu em Sakhir só que desta vez por parte da equipe.
PIETRO FITTIPALDI
Depois de anos sem representante o Brasil voltou a ter um piloto na F1. Pietro substituiu o acidentado Grosjean, treinou bem e foi o último carro em movimento a cruzar a bandeirada final, 4 segundos atrás do companheiro de equipe, não fez feio, também não fez bonito.
Infelizmente estávamos acostumandos a pilotos brasileiros chegarem chegando, o que por enquanto evidentemente não foi o caso e aqui vai minha falta de esperança pois do jeito que está a F1 atual a qualidade real do piloto perde total espaço… discorda???
Analise o pódio em Sakhir: Vencedor Sérgio Perez, demitido e sem equipe para o ano que vem pois o atual dono da equipe (que no passado Perez salvou da falência) comprou para o filho correr, o segundo lugar ficou com Esteban Ocon, da Renault, que no passado fora demitido para o mesmo papai colocar o mesmo filhinho na equipe quando fora comprada, enfim tanta compra deu certo, o filho, Lance Stroll chegou em terceiro lugar, formando um irônico pódio, como bem disse o Lito Cavalcanti na sua página no Terra.
A Formula um sobrevive hoje em dia, do entusiasmo de parte da imprensa e das situações “fora da curva” nos GPS, pois caso se siga a normalidade beira uma chatice recheada de elogios vazios, igualzinho ao conto de fadas do Hans Christian Andersen As Novas Roupas do Rei, no caso aqui o rei também se destaca devido ao alfaiate.
Durval Pereira é comentarista automobilístico
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