Por Roberto Nunes
Andar é um ato automático de qualquer cidadão. Subir em uma moto é um ato aventureiro e de pura liberdade. A turma do motociclismo na Bahia, além de ser unida, consegue organizar grandes eventos e competições à altura do mundo das duas rodas. E para isso o piloto Wellington Yuri fechou 2021 está agora à frente da presidência da Federação Baiana de Motociclismo para a gestão 2022/2026.
Natural de Ibotirama, Wellington Yuri, 36, é engenheiro por formação e apaixonado pelo motociclismo. E é em cima de uma motocicleta que Yuri mostra talento, segurança e dedicação, algumas das inúmeras qualidades para conquistar cada curva e cada prova nas competições. Treinar é diversão pura mas “o motociclismo corre pelas veias” deste jovem. Yuri divide sua vida entre suas tarefas em uma multinacional dinamarquesa e os treinos e idas e vindas ao interior baiano. E a partir de agora, entra sua capacidade de gestor para impulsionar ainda mais o motociclismo baiano (Enduro, Regularidade, Motocross, Moto Estrada, Motovelocidade e Rally).
E como a Bahia é do tamanho da França (comparação feita pelas dimensões territoriais), Yuri terá muito trabalho para organizar o calendário de provas do campeonato baiano e eventos para fomentar ainda mais o crescimento do motociclismo no Estado. Por sinal, a união da turma do motociclismo é um exemplo a ser seguido pelas outras categorias do automobilismo baiano. Com um calendário com provas em diversas cidades pelo interior baiano, as competições nas modalidades do motociclismo são bem organizadas. Com isso, surgem novos talentos em busca de “um lugar ao sol”.
Atualmente, o motociclismo baiano está bem representado com grandes pilotos, como Guilherme Bissotto, Luiz Pinto e Guilherme Trancoso. E já há uma nova geração de garotos que são “feras” em uma motocicleta, como o jovem piloto de apenas 14 anos da cidade de Feira de Santana, conhecido como João Tampinha.
O novo presidente da Federação Baiana de Motociclismo tem a gestão 2022/2026 para reforçar o legado da interiorização das competições de duas rodas pela Bahia. Yuri começou a praticar motociclismo pela modalidade da Regularidade em 2011, participando do Cerapió 2018 (competição nacional) e figurando entre os 5 primeiros competidores no campeonato estadual em todas categorias que participou. Hoje está na Master e conquistou o campeonato estadual na classe Sênior no ano de 2019.
“Um dos grandes desafios da Federação é gerir e promover eventos em todo o estado para que possamos atender aos anseios e gostos dos mais diversos pilotos”, destaca o novo gestor do motociclismo baiano.
Veja a entrevista feita pelo jornalista Roberto Nunes, editor do AUTOS & MOTOS, com o motociclista Wellington Yuri, novo presidente da Federação Baiana de Motociclismo:
1 – Como está hoje o segmento de Enduro na Bahia?
Roberto, primeiramente é um prazer voltar a poder falar de competições nesse espaço. Falando do motociclismo em si, onde temos Enduro, Regularidade, Motocross, Moto Estrada e Motovelocidade, além do Rally, a Bahia está muito bem servida, com competições e pilotos dos quatro cantos do Estado.
2 – Ao contrario de outros esportes a motor, a competição de motos tem muitos participantes do interior baiano. Como vocês conseguiram unir os motociclistas para organizar uma campeonato em várias cidades Baianas?
Em tese esse é um legado que vem sendo construído já desde sempre, todo ano expandimos para mais uma região afim de trazer novos pilotos e/ou adeptos para o Esporte. Ainda nessa mesma linha formamos novos organizadores e assim fomentamos o esporte, com copas e eventos que atendem as características de cada região. A Bahia é enorme, de ponta a ponta temos mais de 1.000KM a serem percorridos. Um dos grandes desafios da Federação é gerir e promover eventos em todo o estado para que possamos atender aos anseios e gostos dos mais diversos pilotos. Sabemos que em algumas regiões os pilotos curtem mais uma ou outra modalidade e assim vamos promovendo o que mais se assemelha aquele público.
3 – Quais são as grandes promessas para o motociclismo baiano?
Falando de Regularidade, temos hoje vindo da cidade de Eunápolis o piloto Guilherme Trancoso (Guiga #64) que se desponta no cenário nacional, figurando sempre entre os 3 primeiros colocados. Falando de Enduro, temos o piloto de São Miguel das Matas, Luiz Pinto Silva Junior (Junior Gago #318). Ainda puxando para o Motocross, temos como destaque um piloto de 14 anos da cidade de Feira de Santana conhecido como João Tampinha #154. Falando do mundo do Rally, temos o Piloto de Luis Eduardo Magalhães, Guilherme Bissotto #22.
4 – E as competições nacionais e Internacionais, a Bahia esta representada por quais pilotos?
São muitos nomes, mas posso citar que no Regularidade seremos muito bem representados pelos pilotos Guilherme Trancoso e Felipe Paiva (ambos na classe Elite). No Enduro teremos o Luiz Pinto na E4 ou na ENA (ainda estamos adequando o mesmo). Já tratando de provas internacionais, teremos ai o Guilherme Bissotto que estará competindo em algumas provas na América, à exemplo do SARR (South America Rally Race), Prova a ser realizada em Fevereiro na Argentina.
5 – Qual será seu legado à frente do motociclismo Baiano?
O princípio de uma Federação é promover igualdade nas competições, é fazer valer o que esta previsto nos regulamentos, e acima de tudo fomentar o esporte por toda a extensão territorial. Posso dizer que meu grande desafio, é conseguir fazer uma FBM de pilotos para oilotos, como já disse a Bahia é enorme. Atender aos anseios e necessidade do motociclismo num estado tão grande é um grande feito. Ficarei muito satisfeito de conseguir deixar esse legado para as gerações futuras. De que fiz uma FBM de Pilotos para Pilotos em todo o Estado.
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