O segmento de utilitários esportivos com sete lugares é um nicho para quem tem família e deseja um carro espaçoso e com motor forte. No mercado brasileiro, a Jeep investe forte nos seus SUV´s produzidos no complexo automotivo de Goiana, Pernambuco. O Commander é a bola da vez e enfrenta os tradicionais Chevrolet Trailblazer, Mistusbishi Oulander e Toyota SW4, além de modelos com projetos mais recentes como o Caoa Chery Tiggo 8 e o Volkswagen Tiguan R-Line.
Lançado no segundo semestre de 2021, o Jeep Commander tem a opção dos motores turbodiesel e turboflex, este último fruto da renovação mecânica do Grupo Stellantis, que usa o propulsor nos modelos Fiat (Toro) e Jeep (Renegade, Compass e Commander).
AUTOS E MOTOS testou por sete dias o Jeep Commander Limited com o moderno e novíssimo motor turboflex 1.3 GSE, de 185 cavalos e 27,5 kgfm (a 1.750 rpm), e câmbio automático Aisin de seis marchas. A tração é apenas dianteira, deixando o 4×4 para os modelos a diesel.
O Commander Limited turbo flex (T270) surgiu no mercado com preço de lançamento de R$ 199.990. Ganhou destaque por ter valor abaixo dos R$ 200 mil. Antes do lançamento todos apostavam num Compass de sete lugares. Quem apostou, perdeu. A Jeep apresentou um projeto novo de utilitário usando, sim, muitos elementos e componentes do Compass. No entanto, é um carro totalmente novo produzido na mesma plataforma.
O utilitário de 7 lugares da Jeep não chega a ser um carro extremamente luxuoso. Sua cabine traz bons materiais como forração em couro Suede nos bancos, no painel de instrumentos e portas. O modelo tem também a moderna central multimídia com tela de 10″ com os serviços conectados Adventure Intelligence, já ofertados pela Jeep no Compass.
Um dos diferenciais da Jeep é o de produzir hoje o carro mais tecnológico do Brasil. O Commander tem visual próprio e traz, entre os destaques, lanternas vistosas e iluminação Full LEDs em todas as versões. O pacote de tecnologia inclui a plataforma de conectividade Adventure Intelligence com uma série de serviços, com Wi-Fi nativo e comandos remotos via App no celular. A multimídia também é compatível com assistentes virtuais, como a Alexa, da Amazon. A multimídia Uconnect tem muitas funcionalidades, como GPS, Android Auto, CarPlay e Alexa, com ativação de comandos do veículo por voz. É possível também o acesso à internet 4G com Wi-Fi, além de serviços remotos e câmera de ré. Há também ajuste do ar-condicionado dual zone e câmera de ré.
Na parte de segurança ativa, a Jeep instalou no SUV todos os itens disponíveis, como controle de cruzeiro adaptativo (ACC) com frenagem automática de emergência, em caso de risco de batida. Há ainda assistente de saída involuntária de faixa, que faz correções no volante para centralizar o veículo na faixa da pista, e alerta de ponto-cego nos retrovisores laterais. Indicativos de radares na via e informações sobre a velocidade máxima da rua ou da rodovia ficam disponíveis por meio de alerta sonoro e, na sequência, no painel de instrumentos.
Assim fica mais fácil dirigir e aproveitar todas as vantagens tecnológicas e de segurança dispostas no Commander. O SUV da Jeep vem equipado com identificador de placas de trânsito, assistente de manobras (faz a baliza de forma automática) e detector de fadiga do motorista. A lista de série tem ajuste automático dos fachos alto e baixo dos faróis principais, bem como saídas de ar-condicionado e portas USB para os passageiros do banco traseiro. A multimídia tem tela flutuante de 10,1 polegadas. Os bancos são de couro e há bordados no encosto.
É sim um carro urbano mas com pegada estradeira também. O Commander Limited turbo flex anda bem mas peca na saída pelo seu tamanho e por usar o mesmo motor do Renegade e do Compass, dois SUV´s mais leve.
Com turbocompressor e injeção direta de combustível, o propulsor GSE 1.3 Turbo é elástico mas já percebe que o Commander demora para acelerar. Tem rodas de liga leve aro 18 com pneus 235/55 R18 e são 1.685 kg no peso em ordem de marcha, divididos no comprimento de 4,769 metros, largura de 1,859 metro (sem retrovisores) e altura de 1,682 metro. A distância de entre-eixos é de 2,794 metros. Sua suspensão dianteira é do tipo McPherson e, na traseira, com Multilink.
Com tudo isso, o Grupo Stellantis compensa com pacote de tecnologia como sistema Start&Stop, com o intuito de evitar o consumo excessivo no freia e acelera dos congestionamentos de grandes cidades. O Commander possui direção elétrica e um tanque de 61 litros. De acordo com o computador de bordo, fez menos de 8 km/litro no uso urbano na capital baiana.
É bem verdade que há vantagens e desvantagens nos modelos para seis passageiros e o motorista, os chamados veículos de sete lugares. De prima, o argumento é o seguinte: falta espaço. Realmente tem gente que reclama do tamanho do porta-malas nos SUV´s de sete lugares. Usando todas as fileiras, o Commander fica com apenas 233 litros. Este espaço serve apenas para compras pequenas de supermercados ou as mochilas para viagens curtas. Rebatendo os bancos extras, o espaço fica maior, já que o assoalho fica plano e ai você ganha capacidade para 661 litros no compartimento de bagagens. Se for rebater a segunda fila, o total é de 1.760 litros.
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