Transporte

Scania prepara suas novidades para o setor de ônibus

Escrito por Roberto Nunes

Do blog Jornada Scania

Agosto foi um mês marcado pelo maior evento de mobilidade da América Latina – a Lat.Bus. Sim, sabemos que já passou, mas é depois mesmo de o tema ficar em evidência que as empresas e o mercado começam a assimilar as inovações apresentadas para dar os próximos passos.

Com essas discussões ainda, de certa forma, frescas, é hora de olhar para o cenário do transporte público em 2024, entender o que já aconteceu até aqui e analisar como essas tendências podem influenciar o setor daqui em diante.

Foi com este objetivo que a Jornada Scania conversou com Gustavo Cecchetto, novo gerente de Vendas de Soluções para Mobilidade da Scania Operações Comerciais Brasil. Nesta entrevista, ele compartilha suas impressões sobre o mercado de ônibus e o que esperar deste segmento nos próximos meses. Confira!

o você enxerga o mercado de ônibus no Brasil para 2024? Qual o balanço de vendas até aqui e quais são as perspectivas da Scania para o restante deste ano?

O segmento rodoviário de motor traseiro acima de 8 toneladas emplacou 1.161 chassis em 2024 em franco aumento em relação às 708 unidades de janeiro a julho de 2023. A Scania cresceu mais do que o dobro saltando de 175 para 380 chassis. A participação de mercado subiu de 25% para 33%. Nos rodoviários de motor traseiro a participação chegou a 33%. O momento da Scania no mercado de ônibus em 2024 continua muito forte, a projeção da marca é manter o ritmo aquecido até o final do ano e registrar um aumento de vendas no comparativo com o ano passado.

No mercado em que a Scania atua, como ficou o comparativo deste ano com 2023?

Somando chassis rodoviários e urbanos, a marca teve 454 unidades emplacadas em 2024, numa alta de 156,5% sobre as 177 unidades do mesmo período, de janeiro a julho de 2023, enquanto o mercado total caiu 11,2%. A participação geral subiu de 1,7% para 4,9%. Já nas vendas de rodoviários, a Scania está em destaque no acumulado do ano versus 2023. A marca registrou 389 chassis, acréscimo de 123% sobre as 175 unidades dos mesmos sete primeiros meses do ano passado, enquanto o mercado teve acréscimo de 21%. A Scania cresceu em todos os comparativos cumulativos de 2024 com 2023. A participação quase dobrou passando de 8,2% para 15,1%.

Na sua visão, o que puxou esse crescimento?

Esse volume superior teve como fatores preponderantes os constantes investimentos das operadoras de linhas regulares na renovação de suas frotas em virtude do aumento da preferência pelas viagens rodoviárias por ônibus. As empresas de transporte rodoviário de passageiros estão reforçando seus compromissos em oferecer serviços premium. As pessoas estão preferindo viajar mais de ônibus e a fidelização dos usuários é fundamental para o negócio. Dentre outras razões está também o aquecimento do setor de fretamento industrial, demandando renovação e ampliação das frotas. E, enriquecendo esse contexto, nossas soluções de produtos e serviços têm proporcionado alta eficiência energética, rentabilidade e economia de combustível, além de máxima disponibilidade.

O que a Scania apresentou na Lat.Bus 2024?

A Scania participou da Lat.Bus 2024 com um estande de 640 metros quadrados e dois chassis expostos. O inédito elétrico K 230E B4x2LB fez sua primeira exposição ao público e ainda levamos o K 500 8×2, o ônibus topo de linha da Scania no Brasil. Uma grande novidade apresentada na feira foi o novo painel digital da linha, muito mais tecnológico, que estará disponível em 2025. Também anunciamos o Acelerador Inteligente como item de série do portfólio a partir de agora e lançamos a nova campanha do Scania Consórcio, com 100 cotas, sorteio de chassi e mais 10 viagens para a Busworld, em 2025 na Bélgica, e visita à matriz na Suécia.

Além dessas novidades, o que a Scania oferece que os concorrentes não têm?

O nosso foco é no TCO, que é o custo total de operação ao longo do tempo em que o operador vai ficar com aquele produto. O TCO engloba o preço de aquisição, o consumo de combustível, o custo de manutenção, o valor de revenda, a taxa de juros, enfim, a gente coloca tudo isso dentro de uma mesma conta. E é claro que o nosso produto se sobressai na maioria desses itens, principalmente no consumo de combustível e no valor de revenda. Acho que são duas grandes fortalezas que a marca tem. É mais uma das formas de a Scania se diferenciar e eu acredito muito nisso, além da maneira como a gente apoia o nosso cliente na entrega da solução completa. Sempre batemos nessa tecla, porque o cliente que compra Scania não compra simplesmente o produto, mas a solução completa da marca e todo o acompanhamento da Scania com atuação ativa a partir do momento em que ele recebe o veículo e começa a operar aquele produto. Por exemplo, você já deve ter ouvido falar ou já deve ter visto o Fit, que é a nossa ferramenta que mostra como o cliente está conduzindo o veículo. Eu não vou dizer que isso é uma exclusividade da Scania, mas a Scania foi a primeira a trazer esse conceito para o mercado. Hoje, temos condições de mostrar para o nosso cliente como ele está aproveitando o veículo na frota, seja de ônibus ou de caminhões. E junto com o nosso concessionário, a gente consegue sentar com aquele cliente, sentar com os motoristas, sentar com os multiplicadores para trabalhar e, se necessário, migrar muitas vezes de uma situação de condução não tão favorável para uma mais favorável. Com isso, o cliente consegue salvar por mês uma quantidade brutal de combustível. Mas esse é só um exemplo do trabalho que a gente faz.

E de agora em diante, o que podemos esperar da Scania para o restante do ano?

O segundo semestre promete ser muito aquecido nas compras. Temos boas encomendas tanto de 6×2 quanto de 8×2. É uma faixa bastante competitiva e o nosso produto tem proporcionado aos clientes alta performance com baixo consumo de diesel unido a um completo pacote de serviços. Seguiremos firmes com nossas soluções conquistando cada vez mais clientes.

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Roberto Nunes

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