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As mulheres da Fórmula 1; pilotos e suas companheiras

Escrito por Roberto Nunes

Por Durval Pereira
 
Lindas, coincidência ou não, eram e são até hoje às mulheres de pilotos na F-1. Em geral nos anos 60 e 70 não se resignavam a um papel secundário, eram vistas com pranchetas e cronógrafos nas mãos ajudando na marcação dos tempos. Suas sorte estavam intrinsecamente ligadas ao marido, rei morto, rei posto…e a viúva como em um filme sobre certas sociedades orientais, morriam em vida.
Barbro Edwardsson Peterson era esposa do intrépido Ronnie Peterson, conhecido como o “Sueco Voador” por razões óbvias. Ronnie faleceu em 11 de setembro de 1978 devido a um acidente na largada no GP da Itália em Monza ocorrido no dia anterior. Sua esposa tentou refazer a vida, uniu-se tempos depois a John Watson, outro piloto de F-1, mas nunca se recuperou. A depressão devido a morte do sueco sempre a acompanhou. Foi encontrada morta em 19 de dezembro de 1987, segundo consta teria sido suicídio.

Barbro fora amiga tempos atrás de Nina Rindt. Nina, finlandesa, era esposa do austríaco Jochen Rindt, morto nos treinos para o GP de Monza (de novo) em 5 de setembro de 1971, portando para Barbro a tensão do medo já vinha faz tempos.

No meia delas temos a Maria Helena Fittipaldi, esposa do brasileiro Emerson Fittipaldi. Não tenho conhecimento sobre amizade entre Maria Helena e Barbro Peterson, mas com certeza elas conviveram já que seus maridos foram companheiros de equipe, mas no tocante a Nina Rindt a Maria Helena embora não deva ter convivido muito é fato que tomaram café juntas pela manhã do fatídico sábado e após o almoço chorou a viuvez da finlandesa.

Maria Helena ainda se acostumava ao ritmo da F1, inclusive traumatizada por um violento beliscão que tomou de algum tifosi (como são chamados os apaixonados torcedores da Ferrari) que tentavam algum autógrafo de Emerson ou Rindt ( pilotos da concorrente Lótus). Em certo momento desse fim de semana, Maria Helena foi aos boxes buscar uma viseira para o marido e o fato aconteceu (consta que Emerson ficou doido procurando o agressor para tirar satisfações).
Por fim, 30 dias depois a alegria se fez presente para Maria Helena, Emerson venceu o GP de Watkins Glen nos EUA o que garantiu o título póstumo para seu companheiro de equipe na Lotus o Jochen Rindt.
A Fórmula Um é assim, alegria para uns, tristeza para outros pois o show sempre continua. Que o diga Corina Betsch, esposa do alemão Michael Schumacher, protagonistas involuntários. da tragédia atual da Fórmula Um.
Durval Pereira é comentarista automobilístico

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Roberto Nunes

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