Automotivo Transporte

Bahia lidera acidentes envolvendo caminhões de carga

Escrito por Roberto Nunes

A Bahia lidera o número de acidentes envolvendo caminhões de carga e terceiros no Brasil. Em segundo e terceiros lugares estão Minas Gerais e São Paulo. A Bahia concentra quase 22% das ocorrências, mas juntos os três estados somam perto de 50% dos casos. Os números fazem parte de levantamento exclusivo da Pamcary, a maior corretora, gerenciadora de riscos e reguladora de sinistros do país em seguros voltados ao transporte rodoviário de carga.

Dentre as estradas federais, a que concentra o maior índice de acidentes envolvendo caminhões e terceiros dentro no estado na Bahia é a BR-116, com 28,67%, seguida pela BR-242 (16,49%) e a BR-101 (13,62), todas importantes rotas para o acesso aos polos industriais de Camaçari (Petroquímico) e de Alagoinhas (Cervejeiro). Feira de Santana, Luis Eduardo Magalhães e Vitória da Conquista são as regiões com mais casos.

No Brasil, o número de acidentes nas estradas federais brasileiras com veículos de carga aumentou quase 13% entre 2020 e 2024, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Foram 15 mil em 2020 contra 17 mil em 2024. Só em 2024, a frequência de ocorrências com caminhões carregados foi 4,5 vezes maior do que a de roubo de carga, e 36% desses acidentes envolveram terceiros, ou seja, pessoas feridas ou bens públicos ou privados.

Mais prejuízos com acidentes

Os dados revelam ainda que, em 2024, 62% dos prejuízos a carga no transporte rodoviário decorreram de acidentes. Considerando apenas as rodovias federais monitoradas pela PRF, o prejuízo com os acidentes cresceu 16% entre 2020 e 2024, segundo a CNT (Confederação Nacional do Transporte). Já as perdas com roubos e furtos no mesmo período, segundo dados divulgados pela NTC (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), registraram uma queda de 2,4%

 

Em outro levantamento usando como base dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal), a CNT estima que, em 2024, os custos com acidentes e mortes nas rodovias federais envolvendo veículos de carga custaram ao país R$ 5,1 bilhões contra R$ 1,2 bi de roubos.

 

Nova fiscalização

A atenção aos acidente

Nova fiscalização

A atenção aos acidentes envolvendo caminhões de carga e terceiros ganhou visibilidade no setor por causa de uma decisão recente da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que anunciou que vai suspender o RNTRC (Registro Nacional do Transportador Rodoviário de Cargas) de quem não comprovar a contratação do seguro obrigatório para terceiros, o chamado RC-V (Responsabilidade Civil de Veículo). A fiscalização já começou.

 

A nova regra beneficia toda a sociedade, pois o seguro para terceiros feito pelo transportador rodoviário de carga garante não só a indenização a pessoas e veículos atingidos por caminhões carregados com mercadorias, mas também a donos de imóveis, a concessionárias de rodovias e ao poder público, que têm seus bens atingidos em acidentes do tipo.

 

O seguro RC-V (Responsabilidade Civil de Veículo) é uma exigência para todos os transportadores rodoviários de carga e deve ser feito por viagem, pelo contratante, no nome do caminhoneiro com este for subcontratado, e sem desconto no frete.

 

Além do RC-V, o transportador rodoviário de cargas tem por lei a obrigação de fazer outros dois seguros, ambos para a proteção da mercadoria transportada: o RCTR-C (Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga), para danos à carga durante o transporte em razão de acidentes; e o RC-DC (Responsabilidade Civil por Desaparecimento de Carga), em razão de roubo, furto, apropriação indébita, entre outros.

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Roberto Nunes

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