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Bioenergia e UNICA reagem ao aumento de tarifa dos EUA

Escrito por Roberto Nunes

O anúncio do governo dos Estados Unidos de aumentar as tarifas para produtos brasileiros acendeu a luz vermelha de vários setores da economia brasileira. Diante da notícia sobre a abertura de investigação relacionada às práticas comerciais do Brasil, a Bioenergia Brasil e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA) reforçam sua confiança no governo brasileiro, que tem demonstrado firmeza, altivez e competência diplomática na defesa dos interesses nacionais, especialmente em setores estratégicos como os biocombustíveis.
O Brasil é referência internacional em mobilidade de baixo carbono. Programas estruturantes como o RenovaBio, o Combustível do Futuro e o Mover demonstram a coerência entre a política energética nacional e os compromissos assumidos pelo país em fóruns multilaterais — especialmente sua adesão ativa ao Acordo de Paris — e reforçam o comprometimento do setor com o desmatamento zero. A escolha do Brasil como sede da COP30 é um reconhecimento concreto desse protagonismo.
O etanol brasileiro, de baixa intensidade de carbono e em conformidade com critérios robustos e auditáveis de sustentabilidade, representa uma das soluções mais eficazes e acessíveis para a descarbonização dos transportes, atendendo às mais rigorosas exigências ambientais e regulatórias nacionais e a padrões globais de certificação.
Desde 2003, com o lançamento dos veículos flex, a combinação entre o uso de etanol hidratado e a mistura obrigatória de etanol anidro na gasolina evitou a emissão de mais de 730 milhões de toneladas de CO₂ equivalente — volume similar ao das emissões anuais totais da Indonésia, a oitava maior emissora do mundo.
Além de sua contribuição ambiental, o setor sucroenergético gera empregos, renda e desenvolvimento regional em mais de mil municípios, sendo peça-chave na transição energética e na economia verde brasileira. Sua relevância social, econômica e ambiental deve ser reconhecida e protegida.
A Bioenergia Brasil e a UNICA reafirmam sua confiança de que o governo brasileiro seguirá conduzindo esse processo com responsabilidade, em defesa dos ativos estratégicos do país. O comércio bilateral entre Brasil e Estados Unidos, historicamente construído sobre bases de respeito mútuo, precisa ser preservado e fortalecido. Nesse contexto, o etanol é exemplo claro de como uma agenda conjunta pode beneficiar economias, pessoas e o clima global.

 

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Roberto Nunes

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