Com atraso do início da produção de carros na futura fábrica em Camaçari, a BYD volta a importar um grande lote de veículos eletrificados pelo porto do Espírito Santo. Com investimento de R$ 5,5 bilhões na planta industrial da Bahia, a fintech chinesa ganhou seus clientes no mercado brasileiro e continua importando carros para garantir sua fatia entre os consumidores no País. A BYD traz pela segunda vez ao Brasil o navio cargueiro BYD EXPLORER N° 1. Desta vez, a embarcação trouxe uma carga de 5.524 veículos elétricos e híbridos.
O planejamento inicial era de iniciar a produção logo após o Carnaval deste ano. No entanto, houve uma série de percalços, incluindo a denúncia de trabalho análogo à escravidão de um grupo de 163 chineses contratados pela Jinjiang, prestadora de serviços para a BYD no Brasil.
Enquanto não produz carros no Brasil, a BYD importa. O complexo na Bahia será o maior fora da China e terá capacidade para produzir 150 mil veículos por ano na primeira etapa e até 300 mil numa segunda etapa. O navio atracou nesta quinta-feira no Portocel, em Aracruz (ES), trazendo 5.524 veículos elétricos e híbridos das famílias Dolphin, Song e Yuan. Saindo de Nigbo, na província chinesa de Zhejiang, onde fica o quarto maior porto do país.
O navio fez escalas para abastecimento em Singapura e Port Louis antes de chegar ao Brasil. Esse cargueiro é o primeiro de um total de oito navios do plano inicial divulgado pela BYD.
Com 199 metros de comprimento e 38 de largura, o navio tem 12 andares tomados por carros de vários modelos da montadora, como das famílias Dolphin, Song e Yuan. O desembarque trouxe, inclusive, uma novidade que ainda será lançada no Brasil, um modelo estilo jipe, chamado Denza D5.
Se tudo correr dentro dos novos planos da chinesa BYD, a produção de carros em regime SKD (montagem com 100% de kits importados) começa ainda este ano. Assim, o regime de produção de carros no modelo CKD (produção com kits importados e peças nacionalizadas) deve começar no ano que vem. Já a produção de um carro 100% nacional deve ser a partir de 2027.
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