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BYD King está longe do reinado do Toyota Corolla

Escrito por Roberto Nunes

Por Roberto Nunes

O segmento de sedãs médios é dominado pelo Toyota Corolla no mercado brasileiro. O reinado do Corolla é de longas datas e vem aumentando após o sumiço das lojas do rival Honda Civic. A oferta de modelos para a família no segmento de sedãs diminuiu e muito em todo o Brasil e ganhou recentemente o BYD King, modelo com um pacote amplo de equipamentos e motorização híbrida para tentar incomodar o reinado do Corolla no Brasil.

Modelos como o VW Jetta e o Honda Civic vendem pouco para desbancar o sedã da Toyota – que emplacou 12.160 unidades, quase a metade dos 21.314 veículos nos primeiros quatro meses deste ano no segmento de sedãs médios no País. O King é hoje o rival direto do Corolla. No mesmo período, está em segundo lugar no ranking de vendas mas ainda ficou bem distante do líder, fechando com 4.656 unidades entre os meses de janeiro e abril de 2025.

A BYD sempre faz ações fortes com o King e oferece o sedã híbrido em duas versões de acabamento, a GL e a GS. O sedã chinês vem equipado com tecnologia híbrida plug-in, usando um motor 1.5 turbo a gasolina, de 110 cv, e outro elétrico com 179 cavalos de potência. A bateria de 8,3 kWh garante até 38 km de autonomia elétrica. É pouco, sim, mas faz uma diferença pois o carro é impulsionado por motor elétrico na saída e, principalmente, em situações mais urbanas de engarrafamentos, diminuindo assim o consumo e aumentando a autonomia com baixo impacto no meio ambiente.

O King GS testado pela equipe AUTOS E MOTOS, por exemplo,  tem um motor elétrico mais potente. Já o King GL tem potência combinada de 209 cv. A chinesa BYD equipa o King com um bom pacote de segurança e inclui recursos avançados como Sistema de Direção Assistida Elétrica (C-EPS), Frenagem Inteligente, Controle de Tração, Controle de Desacelaração do Freio de Estacionamento e Distribuição Eletrônica da Força de Frenagem.

 

A tecnologia da mobilidade deixa o sedã King um passo a frente de muitos modelos. Seu sistema de bateria DM-i oferece uma autonomia de até 1.200 km. O King é um veículo silencioso e potente. Seu motor elétrico conta com a bateria Blade. O sedã híbrido plug-in King vem com o sistema revolucionário que combina um motor de alta eficiência de 1.5L a gasolina e um motor elétrico de última geração capaz de gerar, na versão BYD King GS, 235 cv e 33,1 mkgf de torque máximo. Faz do 0 a 100km/h em 7,3 segundos. O porta-malas é de 450 litros.

 

O grande pecado no King é a ausência dos sistemas de auxílio ao condutor. A BYD ficou um para atrás e ainda não traz esses sistemas nos seus carros. O King tenta compensar com a oferta de sistema de Monitoramento Direto da Pressão dos Pneus (TPMS), saída de climatização traseira, controle de cruzeiro, espelhos laterais elétricos e retráteis, além de 4 portas USB-A e tomada 12V.  

Para quem anda pela primeira vez em um carro chinês, a sensação é das melhores. O sedã King vem com quadro de instrumentos digital de 8,8 polegadas, volante multifuncional, carregamento sem fio para celular, bancos com revestimento semelhante ao couro, bancos traseiros bipartidos rebatíveis e ajuste do banco do motorista em seis níveis. Sua tela da multimídia com sistema giratório e as possibilidades de uso e das informações dispostas mostra que o carro chinês evoluiu e muito de deixa para trás qualquer modelos do segmento, incluindo aí a oferta de tecnologia do rei Corolla no Brasil.

É bem legal e intuitivo o uso da central multimídia giratória de 12,8 polegadas. O motorista tem também a abertura sem chave (via cartão NFC) e há dispositivos e equipamentos bem legais como a câmera 360º, o sistema de sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, chip com 4G para uso da internet no carro, GPS integrado e sistema de som com seis alto-falantes.

Ainda não é este ano que o Corolla perdeu seu reinado no mercado nacional. Mas é bom ficar de olhos be abertos para modelos chineses, a exemplo do sedã híbrido plug-in BYD King e de outras marcas que chegam a partir deste ano no mercado nacional.

 

 

 

 

 

 

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Roberto Nunes

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