O mais recente IPSA + IPSM – Índice de Preço do Seguro de Automóvel e Moto desenvolvido pela TEx, empresa da Serasa Experian – revela que, em maio de 2025, o seguro de carros se manteve estável enquanto o de motos registrou leve alta. O IPSA encerrou o mês em 5,4% e o IPSM chegou a 9,7%, refletindo os riscos mais elevados e a volatilidade do segmento de duas rodas.
O IPSM (Índice de Preço do Seguro de Moto) foi criado pela TEx em julho de 2024 para analisar a variação do preço do seguro de motos no Brasil. A iniciativa nasceu a partir das necessidades dos leitores do IPSA, que buscavam uma métrica com o mesmo nível de qualidade e detalhamento, mas focada exclusivamente no segmento de duas rodas. Desde então, os dois indicadores são publicados de forma complementar, permitindo uma visão mais ampla e estratégica do mercado de seguros veiculares.
Panorama geral do mercado
Entre maio de 2024 e maio de 2025, o IPSA oscilou entre 5,2% e 5,7%, encerrando o ciclo com leve recuo em relação ao mesmo período do ano anterior. O IPSM, por sua vez, teve comportamento mais volátil: saiu de 9,2%, atingiu 9,9% em dezembro e fechou maio em 9,7%. A diferença entre os índices permaneceu alta, em torno de 4 pontos percentuais, refletindo o maior risco do seguro de moto.
Seguro de carro entra em fase de equilíbrio
O IPSA segue em trajetória de estabilidade e consolida o menor índice para maio nos últimos quatro anos. A partir de 2024, a curva se acomodou na faixa dos 5%, sinalizando um novo cenário de previsibilidade, impulsionado pela redução da sinistralidade e estratégias mais competitivas entre seguradoras.
Seguro de moto segue pressionado
O IPSM acumulou alta de 0,5 ponto percentual em 12 meses. Seguros novos continuam sendo os mais caros, com índice de 10,6%, frente a 7,7% nas renovações com a mesma corretora. A diferença reforça o impacto positivo da fidelização.
Fidelidade influencia nos custos
Em maio, o tipo de contratação manteve padrões históricos: seguros novos são mais caros em ambos os segmentos. No IPSA, foram 6,8% (novo), 4,4% (renovação com mesma corretora) e 4,2% (outra). No IPSM, a contratação inicial chegou a ser 2,9 pontos percentuais mais cara do que a renovação com a mesma corretora.
Perfil, localização e tipo de veículo moldam os preços
Condutores de 18 a 25 anos seguem pagando mais: 9,3% no seguro auto, contra 4,3% para maiores de 56 anos. A curva de risco por idade segue estável. No seguro de moto, jovens chegam a pagar 15,3%, mais que o dobro das faixas acima de 56 anos.
A região metropolitana do Rio teve os maiores índices: 6,7% (auto) e 13,6% (moto). Em contrapartida, Belém registrou os menores: 3,3% e 6,6%. Em São Paulo, a Zona Leste apresentou os maiores índices urbanos: 6,9% (auto) e 15,1% (moto).
Carros com 6 a 10 anos lideram o IPSA (7,1%), superando os modelos zero km (3,4%). O valor do veículo também impacta: modelos entre R$ 31 mil e R$ 50 mil têm índice de 8,8%, contra 3,3% nos modelos acima de R$ 150 mil.
Elétricos assumem o topo; híbridos são mais econômicos
O IPSA por tipo de combustível mostra que os elétricos subiram de 3,7% para 4,6% entre maio de 2024 e maio de 2025. Os híbridos encerraram o período com o menor índice: 3,2%. Gasolina fechou em 4,0%, e diesel caiu de 4,4% para 3,4%.
Rankings e tendências
O Chevrolet Onix continua como o carro mais cotado no país (4,9%), seguido por Hyundai HB20 (3,8%) e Jeep Renegade (3,7%). O Toyota Corolla Cross é o híbrido mais cotado (35,9%) e o BYD Dolphin lidera entre os elétricos com 75,1%.
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