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Commander tem seu lugar no mundo dos SUV´s de sete lugares

Escrito por Roberto Nunes

O diesel ainda tem seu espaço no mundo das picapes e SUV´s pelo mundo afora. A legislação de emissões de poluentes tem empurrado a indústria dos automóveis aos motores limpos com perspectivas para a aposentadoria dos propulsores a combustão e o uso das tecnologias elétrica e híbrida. A Jeep ainda mantém a base de seus SUV´s com motores a combustão, como o novo Commander, modelo de sete lugares ofertado com a opção dos motores turboflex e turbodiesel.

AUTOS E MOTOS rodou por 10 dias no Commander a diesel na configuração Limited que só tem entrega garantida ao cliente em janeiro de 2023. Este planejamento da Jeep é por conta da falta de componentes como os semicondutores na indústria automotiva global. Por ser o veículo mais tecnológico produzido pela marca americana no Complexo Automotivo de Goiana (Pernambuco), o Commander está com o problema da fila de espera. Lançado no ano passado em meio a crise da falta de semicondutores, o SUV da Jeep chegou com tudo e toda a produção é rapidamente comercializada em todo o país.

O Commander é um carro imponente e faz frente aos rivais Chevrolet Trailblazer e Toyota SW4. Tem um conjunto óptico desenvolvido com faróis Full LED e faróis de neblina e DRL em LED. Possui lanternas também em LED e com desenho inédito e acabamento em cromo acetinado, com quatro refletores inferiores, sendo um com a função de seta e os outros três com luz de posição e freio.

É para ser realmente um SUV de luxo e você vai perceber pela mistura de materiais usados no interior do Commander. Os assentos têm costura aparente, com tom acobreado, bordado no encosto e nos assentos dos bancos. O logotipo da Jeep vem gravado em baixo relevo (versão Limited) no banco e no apoio de braço, que ainda traz o ano de fundação da marca (1941). Na Overland, o nome da versão é que vem gravado nos bancos. O modelo oferece seis opções de cores tradicionais (Branco Polar, Cinza Granite, Prata Billet, Azul Jazz, Deep Brown e Preto Carbon), além de uma cor nova e totalmente exclusiva do modelo: Slash Gold, um tom dourado sutil. Nas versões Overland, além do teto preto, as molduras inferiores são na cor do veículo. Por dentro, há três cores como opções para o acabamento interno: couro e suede preto (Limited), couro e suede marrom (Overland) e couro cinza (opcional).

O Commander Limited vem com o mesmo conjunto mecânico da configuração mais sofisticada Overland. O SUV da Jeep vem equipado com o motor turbodiesel TD380, de quatro cilindros, com um mapa de calibração específico. Tem novo volante motor, novo conversor de torque, nova turbina e teve a curva de pedal aprimorada, permitindo um aumento de torque de 350 Nm para 380 Nm.

Com 2.0 litros e quatro cilindros, o propulsor oferece 170 cavalos de potência. O TD380 garante o atendimento às normas do Proconve L7. Usa o sistema SCR de pós-tratamento de gases de escape, reduzindo a emissão de gases poluentes. Com isso, é necessário o uso do aditivo ARLA32. No motor TD380 a autonomia é de cerca de 10 mil km. Assim, o motorista não precisará parar para abastecer com o aditivo com muita frequência. Para fechar o pacote mecânico, a transmissão automática é de 9 velocidades e há ainda a tração 4×4, com seletor no painel de instrumentos. Há seletor de terrenos com três modos (Sand/Mud, Snow e Auto) e HDC (Hill Descent Control), que auxilia o motorista em descidas íngremes durante percursos off-road. Além disso, possuem altura mínima de solo de 21,2 cm, ângulo de entrada de 26° e de saída de 24°.

Entre os equipamentos, a Jeep inclui rodas de liga leve de 18”, cluster Full Digital de 10,25”, central multimídia de 10,1” com plataforma Adventure Intelligence e espelhamento sem fio, além de carregador de celular por indução, Keyless Enter ‘N Go, bancos dianteiros com ajustes elétricos e abertura elétrica do porta-malas. Além disso, conta com sete airbags e todos os sistemas de direção autônoma (ADAS) citados anteriormente.

O que mais chama a atenção no Commander é o nível de equipamentos, tamanho e tecnologia embarcada. O SU V sai da fábrica tem o Jeep Off-Road Pages com informações como grau de inclinação vertical e lateral, sistema de tração selecionado e status do bloqueio de diferencial. Ganha pontos extras com o sistema Adventure Intelligence, uma plataforma de conectividade exclusiva para garantir a conveniência, assistência e entretenimento com mapas inteligentes, chamadas de emergência e wifi hotspot, que conecta até oito aparelhos no wifi nativo do Jeep Commander. É bem similar ao ofertado pela Chevrolet no MyLink com OnStar.

O espaço está garantido pelo tamanho do Commander. São três fileiras de assentos, sete lugares e um dos maiores porta-malas da categoria com 1.760 litros com todos os bancos rebaixados, 661 litros na configuração com cinco ocupantes ou 233 litros. Tem ainda acesso ao porta-malas com abertura e fechamentos elétricos na Limited e Overland, sendo que na última ainda há sensor de presença (Hands-Free). Ainda há pára-brisas e vidros laterais térmicos, rebatimento automático dos retrovisores, Keyless Enter ‘N Go e ar-condicionado Dual Zone com canal dedicado aos assentos traseiros.

Para quem pode gastar mais, a Jeep oferece na versão Overland a função Alexa in vehicle, que leva a assistente pessoal da Amazon para dentro do novo SUV da Jeep. Basta estar conectado e sincronizado com sua conta e é possível utilizar todas as funções da Alexa de dentro do carro. Além de todos os comandos já conhecidos, como fechar os vidros, ligar os faróis ou o motor, o Jeep Commander tem acesso a todos os comandos da assistente, inclusive externos ao veículo. Por exemplo, é possível pedir ao Commander para abrir o portão da garagem, ver a condição do tempo, procurar um restaurante ou uma farmácia, ou até mesmo acrescentar um item a uma lista de compras.

O Jeep Commander tem preço hoje de R$ 277,990 (Limited) e R$ 306.890 (Overland). No entanto, a configuração Limited tem entrega somente em janeiro de 2023 e previsão para entrega da topo da gama Overland só em fevereiro. O valor para pessoa jurídica tem desconto de 8% no valor praticado no mercado.

 

 

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Roberto Nunes

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