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Estudo indica alerta na saúde mental dos colaboradores

Escrito por Roberto Nunes

Nos últimos anos, a saúde mental tem sido um tema de alerta e preocupação dentro das organizações, principalmente com o cenário pós-pandemia, que agravou e aumentou os números de casos graves. Um estudo recente, feito pela Vittude e divulgado pela Exame, revelou que aproximadamente 33% dos trabalhadores brasileiros apresentam algum tipo de transtorno mental. De acordo com o médico do Trabalho da Continental Pneus, Charles Andrade, o assunto não pode ser tratado como tabu, sendo urgente a aplicação de estratégias para promoção da saúde e prevenção de problemas nos trabalhadores.

Segundo ele, é importante se desenvolver dentro das empresas e corporações um programa de saúde mental estruturado, com profissionais especializados para realizarem o acolhimento e atendimento quando necessário, além de se mapear as pessoas, setores e atividades mais delicadas e que exigem mais do profissional. ‘É um processo abrangente. Precisamos estimular atividades físicas, esportivas e de lazer da pessoa e em família, criar e fortalecer as redes de apoio, promover uma alimentação saudável, evitar sobrecargas de horas de trabalho, com o alerta para o sono reparador e cuidados da saúde preventiva”, exemplificou ele.

Empresas que possuem uma visão estratégica e de longo prazo, estão atentas não só ao que diz respeito à saúde mental, mas como um todo. “As empresas sabem que as pessoas são um ativo valiosíssimo e devem ser cuidadas”, disse o médico. Ele ainda destaca o papel que os funcionários têm de levar a marca e o nome para todos os lugares onde estejam e reitera o cuidado que as corporações precisam ter com seus colaboradores. “As empresas devem promover a saúde e bem-estar dos trabalhadores, indo além dos requisitos legais, promovendo benefícios e subsídios que facilitem hábitos mais saudáveis, com conscientização por meio de campanhas e cuidados com a saúde, além de co-responsabilizar cada funcionário pelo seu autocuidado”, concluiu Charles Andrade.

Na fábrica da Continental Pneus, em Camaçari, vários programas foram implantados, a exemplo de Os Guardiões da Saúde. Trata-se de um grupo formado por 18 trabalhadores voluntários, de vários turnos, treinados para estarem mais atentos e disponíveis a ouvir o colega e direcionar para o fluxo de atendimento especializado disponível, quando necessário. “Esta é a primeira oportunidade em que voluntários são identificados, capacitados e validados como pessoas de referência em diversos setores e mais próximos aos trabalhadores do chão de fábrica. O programa é mais uma iniciativa da Continental nos cuidados com os seus colaboradores, associado a outras ações do Programa de Saúde Mental”, explica o médico do Trabalho. E para marcar o mês Setembro Amarelo, a empresa irá realizar lives para todas as plantas do Brasil, um diálogo diário de segurança (DDS) sobre o Setembro Amarelo e saúde mental.

 

A Continental Pneus dispõe, ainda, de recursos de assistência voltados para os trabalhadores, a exemplo dos programas de Saúde Mental e de Acolhimento ao Dependente Químico; atendimento voluntário com assistente social e psicólogas; plataformas de atendimento virtual subsidiadas integralmente pela empresa, como o PAC, onde não só o funcionário, seus dependentes e outros familiares podem receber atendimento especializado em diversas áreas como a de apoio jurídico, Nutrição, cuidados PET, personal físico, entre outros.

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas tiram a própria vida, por ano, no mundo. “É um assunto doloroso, que deve ser enfrentado. O Setembro Amarelo chama atenção para humanização dentro do ambiente corporativo, contribuindo assim para a identificação de problemas emocionais e psicológicos”, disse o médico Charles Andrade. Entre os transtornos mais comuns estão a ansiedade, a depressão e o estresse, que podem impactar significativamente o bem-estar e a produtividade dos profissionais. Síndromes como a de burnout, que apresentam sinais de isolamento, mudanças marcantes de hábitos, perda do interesse por atividades, piora do desempenho no trabalho, alterações no sono e no apetite, frases como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer” podem indicar necessidade de ajuda.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Roberto Nunes

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