Único carro produzido atualmente pela Honda no Brasil, o City é a salvação das vendas nas concessionárias da marca japonesa pelo Brasil afora. Em uma conversa espontânea com consultores de vendas e o gerente de uma das concessionárias da Honda na capital baiana, a expectativa é grande para a chegada de outros modelos como o SUV médio HR-V que chegará totalmente renovado nos próximos meses no mercado nacional. Há assim um hiato entre o sonho das vendas e a realidade do showroom com apenas um modelo nas carrocerias hatch e sedã espalhado no espaço das lojas Honda em todo o País.
Mas o Honda City tem feito seu papel direitinho. No meio da ausência de veículos como o sedã médio Civic, os consultores de vendas têm encontrado um pouco de resistência para oferecer um City no lugar de um Civic. Quase a totalidade dos clientes que desejam um Civic não quer fazer essa troca e prefere sim aguardar a Honda lançar o novo Civic no mercado brasileiro.
Enquanto isso não acontece, o novo City faz as honras no Brasil. O modelo surgiu no ano passado e chegou também em versão inédita hatchback no Brasil. AUTOS E MOTOS rodou por 10 dias no sedã menor City. Briga na faixa de mercado de modelos como o Toyota Yaris, Volkswagen Virtus, Fiat Cronos, Nissan Versa e Chevrolet Onix Plus. Como falam na roda de papo, não necessariamente nessa ordem. O Honda City Touring é a configuração mais cara do modelo – hoje na faixa dos R$ 127 mil – e já perde em tecnologia para o Onix Plus com sistema de wi-fi nativo e moderna central multimídia MyLink.
De visual bem sisudo e mais para o público consumidor mais tradicional, o City é um sedã justo para rodar na cidade e em viagens. A marca japonesa oferece ainda o motor 1.5 DOHC VTEC flex com injeção direta de combustível. São 126 cavalos de potência e 15,8 kgfm de torque, usando etanol, acoplado ao câmbio automático do tipo CVT com aletas para troca de marchas atrás do volante. Nada demais, nada de menos. É sim um motor justo para um veículo de 1.177 kg. O City sedã tem entre-eixos de 2,60 metros, comprimento de 4,34 metros, altura de 1,49 metro e largura de 1,74 metro. Assim é possível transportar quatro pessoas, mais o motorista, e tem uma porta-malas de 519 litros, tamanho dos maiores para uma família grande no Brasil.
O City tem visual que agrada e, muita vezes, mais parece um Fiat Cronos. Mas isso é uma situação geral das montadoras de veículos que estão perdendo a identidade visual e surgem com carros bem parecidos para brigar pelo espaço da garagem do consumidor brasileiro.
A Honda procura oferecer um pacote bem generoso no City. O sedã da marca japonesa prima pela segurança e traz o Honda SENSING, pacote de tecnologias de segurança e assistência ao motorista da marca. Baseado nas imagens captadas por uma câmera de visão ampla e de longa distância, instalada no parte central e superior do para-brisa, o Honda SENSING no New City terá cinco funções: ACC – Controle de cruzeiro adaptativo – Auxilia o motorista a manter uma distância segura em relação ao veículo detectado à sua frente; CMBS – Sistema de frenagem para mitigação de colisão – Aciona o freio ao detectar uma possível colisão frontal, com o objetivo de mitigar acidentes. Ele é capaz de detectar e identificar pedestres e veículos que estejam no mesmo sentido ou no oposto; LKAS – Sistema de assistência de permanência em faixa – Detecta as faixas de rodagem e ajusta a direção com o objetivo de auxiliar o motorista a manter o veículo centralizado nas linhas de marcação; RDM – Sistema para mitigação de evasão de pista – Detecta a saída da pista e ajusta a direção com o objetivo de evitar acidentes; e AHB – Ajuste automático de farol – Comutação noturna automática dos fachos baixo e alto dos faróis de acordo com a situação.
O City surge também com tecnologias apresentadas no sedã grande Accord, a exemplo do sistema LaneWatch, um assistente para redução de ponto cego que usa uma câmera acoplado ao retrovisor do passageiro que joga as imagens no multimídia, ajudando ao motorista a fazer manobras no trânsito para entrar em uma rua à direita ou visualizar corretamente o tráfego de veículos, evitando assim possíveis acidentes.
A Honda valoriza a configuração City Touring com faróis full LED, luzes indicadoras de direção, fachos baixo e alto, DRL e faróis de neblina em LED. As rodas são de liga leve, com aro de 16”, que mesclam o acabamento frontal diamantado e pintura na cor preta. O City tem em todas as versões itens como botão de partida do motor, sistema de destravamento por proximidade da chave (Smart Entry), ar-condicionado digital, nova central multimídia touchscreen de 8” com Android Auto e Apple CarPlay sem-fio e câmera de ré multivisão. Na versão topo de linha, também há sensores de estacionamento traseiros e dianteiros, bancos revestidos em couro, painel digital TFT de 7” multiconfigurável, ar-condicionado digital e automático e função de travamento das portas por aproximação da chave.
No uso diário, a central multimídia é simplória ao comparar com o sistema ofertado pela Chevrolet, por exemplo. A pegada do carro no dia a dia dos engarrafamentos é igual ao de qualquer sedã. Nem para mais nem para menos. Seu espaço interno é dos mais generosos e todos ficam bem confortáveis no sedã da Honda.
Se você quer chegar bem na festa, não é de City sedã. Além de ser um três volumes, o visual é dos mais tradicionais. Agora, o Honda City hatchback é sim um veículo mais empolgante. Mas esta avaliação do AUTOS E MOTOS é em uma outra matéria que será feita em breve.
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