A indústria brasileira de motocicletas produziu em setembro 105.046 unidades no Polo Industrial de Manaus (PIM), de acordo com dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo. Este volume representa alta de 6,8% na comparação com agosto (98.358 unidades) e de 13,1% ante o mesmo mês de 2019 (92.894 unidades). No acumulado de janeiro a setembro foram produzidas 693.541 motocicletas, retração de 17,1% na comparação com o mesmo período do ano passado (836.450 unidades).
“A produção de motocicletas foi fortemente impactada no período mais crítico da pandemia, e os números comprovam isso. No entanto, desde a retomada gradual das atividades, as fábricas registram curva ascendente. Este quadro se confirmou em setembro, quando alcançamos o melhor resultado do ano”, afirma Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.
Até então, o melhor resultado mensal havia sido registrado em março, quando 102.865 motocicletas saíram das linhas de montagem. Com este novo cenário, a Abraciclo revisou suas projeções para 2020. A nova estimativa é produzir ao todo em 2020, 937.000 motocicletas, que representaria retração de 15,4% na comparação com 2019 (1.107.758 unidades). A estimativa anterior, apresentada em janeiro, no período pré-pandemia, era de 1.175.000 unidades.
Fermanian explica que uma série de fatores favorecem a recuperação do segmento e, por isso, o índice de queda deverá ser menor quando comparado ao de outros setores da indústria. “Hoje a motocicleta é indicada para evitar a aglomeração natural no transporte público, representando um meio de transporte ágil, econômico e de baixo custo de manutenção. Também passou a ser um instrumento de trabalho e fonte de renda para as pessoas que passaram a atuar nos serviços de entrega.”
A Abraciclo também atualizou suas projeções para os volumes de vendas no atacado e varejo. No atacado as fábricas deverão repassar para as concessionárias 909.000 motocicletas, volume 16,2% menor do que o registrado em 2019 (1.084.639 unidades). A estimativa inicial, ainda do começo do ano, apontava 1.147.000 unidades.
No varejo o recuo deverá ser de 16%, totalizando 905.000 unidades. No ano passado foram comercializadas 1.077.234 motocicletas e a perspectiva inicial para este ano era alcançar a marca de 1.140.000 unidades. A associação manteve a expectativa referente às exportações. Os embarques deverão somar 28.000 unidades, correspondendo à retração de 27,5% na comparação com o volume registrado em 2019 (38.614 motocicletas).
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