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Indústria produz mais de 723 mil bicicletas ao longo de 2021

Escrito por Roberto Nunes

As fabricantes de bicicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus – PIM produziram 723.950 unidades no acumulado de 2021. De acordo com levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, houve crescimento de 15,7% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram fabricadas 625.786 unidades.
 
O desempenho mensal da indústria também apresentou resultados positivos. Em novembro, 74.078 bicicletas saíram das linhas de montagem, o que corresponde a alta de 17% em relação a outubro (63.336 unidades) e 16,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado (63.562 bicicletas).
 
Ao avaliar o desempenho do setor, o vice-presidente do Segmento de Bicicletas, Cyro Gazola, enfatiza que as fábricas têm capacidade para produzir mais, no entanto, a escassez de peças e componentes trava o ritmo das linhas de produção. “Esse problema desorganiza toda a cadeia produtiva, pois temos dificuldades para montar alguns modelos de bicicletas”, esclarece.

A crise de abastecimento, no entanto, está longe de ser solucionada. De acordo com Gazola, o problema ainda deve persistir até meados de 2022. “A procura pela bicicleta cresceu no mundo todo e, mesmo trabalhando com sua capacidade total, os fornecedores não conseguem atender aos nossos pedidos nem de outros países”, explica. Cerca de 50% dos itens de uma bicicleta, como sistemas de freios, transmissões, suspensões e selins são importados de fornecedores globais.
 
Mesmo diante dessas dificuldades, as associadas da Abraciclo mantêm seus investimentos nas linhas de produção e em novas tecnologias. A Sense Bike, por exemplo, inaugurou sua segunda fábrica na capital amazonense, no início deste mês. Na unidade atual, que foi ampliada, serão produzidos os quadros da Sense Bike e da Swift Carbon em alumínio; enquanto na nova será feita a montagem de rodas e de bicicletas completas das duas marcas. A perspectiva da empresa é dobrar sua capacidade produtiva já a partir de 2022 e, gradativamente, quadruplicar o volume de bicicletas fabricadas nacionalmente.
 
O vice-presidente do segmento de bicicletas afirma que isso comprova o esforço das fabricantes em se aprimorar constantemente para atender às exigências do consumidor, oferecendo produtos com nível de qualidade mundial e alto valor agregado. “Mesmo diante das dificuldades as empresas anunciaram importantes lançamentos de produtos neste ano. São bicicletas referência em tecnologia e que ajudam a tornar a indústria nacional ainda mais competitiva em relação às marcas globais.”, diz Gazola.
 
Na avaliação do executivo, as dificuldades enfrentadas pelo setor ao longo de 2021, devido à pandemia do coronavírus e à falta de insumos, podem comprometer a projeção de fabricar 820 mil unidades.

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Roberto Nunes

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