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OMS amplia discussão sobre a mistura de álcool e direção

Escrito por Roberto Nunes

A Organização Mundial da Saúde (OMS) sempre traz discursões pertinentes nas suas reuniões. E recentemente abriu para assuntos sobre álcool e direção. O evento on-line contou com a participação de Fernando Pedrosa, associado e co-fundador da TRANSITOAMIGO – Associação de Parentes, Amigos e Vítimas de Trânsito.

Pedrosa teve a oportunidade de destacar aos participantes do evento a política brasileira de prevenção ao uso de drogas, que tem como principal foco expandir a obrigatoriedade do exame toxicológico para os motoristas de todas as categorias.

“O exame é uma maneira de combater o uso de drogas, além de ser essencial como forma de prevenção. Como vítima de trânsito, acompanhei de perto a questão da fiscalização no Brasil e é sabido que, embora sejamos um exemplo mundial pela adoção de política rigorosa de combate ao álcool no trânsito, a fiscalização não é capaz de alcançar um mínimo expressivo de condutores que dirigem alcoolizados”, afirma.

Segundo Pedrosa, que colabora no desenvolvimento de estratégias de conscientização do exame com a ABTox (Associação Brasileira de Toxicologia), estima-se que apenas 1% dos motoristas brasileiros seja testado para o álcool na pista. “Por isso o exame, quando realizado preventivamente no momento em que o condutor vai tirar a carteira nacional de habilitação ou renová-la, é muito mais eficiente como política pública por ter um alcance pleno no caso brasileiro. Vale lembrar que apenas os condutores profissionais responsáveis pelo transporte de cargas e de passageiros e remunerados são obrigados a realizar o exame”, finaliza.

Sobre o exame toxicológico de larga janela de detecção

O exame toxicológico de larga janela de detecção identifica a presença de substâncias psicoativas que se depositam nos fios de cabelo ou pêlos por um período mínimo de 90 dias até seis meses, permitindo a avaliação de hábitos de consumo dessas substâncias pelo doador. Desde o dia 11 de novembro de 2021, passou a valer uma nova determinação para a multa exame toxicológico. Todos os motoristas de caminhão, ônibus ou van que não tiverem atualizado o seu exame receberão uma multa. O valor dessa punição é de R $1.467,35.

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Roberto Nunes

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