Por Roberto Nunes, em Salvador
A era dos motores turboflex tem mudado o perfil dos veículos ofertados no Brasil. A francesa Renault lançou em 2017 o SUV urbano Captur, mais um no segmento que mais cresce no mercado nacional, e oferece agora o modelo com o novíssimo motor 1.3 turboflex, de 170 cavalos. A mecânica nova é o ponto alto do Captur 2022, que ganhou ainda melhorias no visual e câmbio CVT com 8 velocidades simuladas. O novo pacote motriz elevou o Captur para outro patamar no segmento de SUVś urbanos no Brasil.
Se antes era um bonitinho fora da vitrine, a Renault cuidou de aumentar os holofotes em cima do Captur. Com preços entre R$ 125 mil e R$ 139 mil, o novo Captur resolveu parte dos seus problemas com a adoção do inédito motor 1.3 TCe, sigla que significa Turbo Control Efficciency, produzido graças a parceria da Aliança Renault/Nissan/Mitsubishi com a Daimler.
Somente para mostrar a importância deste propulsor, a Mercedes-Benz usa-o no SUV GLA. Hoje, o mesmo motor equipa todas as versões do Captur, aposentando de vez o antigo 1.6 flex, de 120 cv. A Renault ajustou assim um problema na dirigibilidade do Captur que, além de beber mais combustível, tinha uma performance acanhada diante de SUV’s rivais, como o Jeep Renegade, Peugeot 2008, Chevrolet Tracker e Nissan Kicks.
AUTOS E MOTOS rodou em primeira mão com o Captur 2022 na sua versão mais equipada, a Iconic. Produzido na planta de São José dos Pinhais, o novo Captur dispara bem com seus 27,5 kgfm de torque entre 1.600 e 3.750 giros. Sua saída é rápida e o motorista percebe que há fôlegos, especialmente na estrada, garantindo assim maior segurança nas ultrapassagens, usando toda a cavalaria de 170 cv entregues nas passagens de marchas simuladas da transmissão CVT. Sua direção elétrica fecha bem o pacote mecânico e, nas paradas de sinaleiras, o sistema Start-Stot funciona para reduzir o tal consumo de combustível deste SUV que deve, sim, entrar na lista de test drive para uma avaliação melhor de compra.
O novo Captur pesa quase 1.400 kg (são exatos 1.366 kg) e oferece espaço para cinco pessoas, incluindo ai o motorista, e capacidade para transportar malas nos seus 437 litros de porta-malas. Por fora o visual é elegante e a versão Iconic tem frente imponente com grade, parachoques e linhas marcantes.
Por ser um SUV urbano, a Renault caprichou também no pacote de mimos e itens de conforto para o motorista e demais passageiros. Ao se aproximar do veículo, um sinal de alerta indica que as portas foram destravadas e o sistema elétrico acende os farois. A chave é presencial, podendo ficar no bolso, e é em estilo cartão. Entrou no carro, basta agora ligar o motor por meio de um botão localizado na parte baixa do painel e bem pertinho do console central.
O interior do Captur ganhou melhorias bem mais pontuais. O acabamento mistura tons nos plásticos e deixa o painel de instrumentos bem mais destacado. O multimídia é de 8 polegadas e tem boa conexão com os mais diversos celulares que usam android auto ou apple carplay. O som é Bose e há seis subwoofer e toda a amplificação é digital. O volante é multifuncional e algumas mudanças como a da estação de rádio e de faixas de música devem ser realizadas na alavanca da direita no volante. É estranho, é, sim, mas rapidamente você se acostuma. Quem está no banco de trás pode usar duas tomadas USB para carregar seu smartphone. O ar-condicionado é digital e tem o botão de regulagem próximo do multimídia, facilitando assim o uso tanto pelo motorista quanto pelo carona. Quem está no banco traseiro pode usar duas tomadas USB para carregar o smartphone.
O pacote de segurança inclui sistema de alerta de pontos cegos e o dispositivo Multiview, que possui quatro câmeras ao redor do veículo (dianteira, traseira e nas laterais). O Captur garante a rodagem segura com controles de tração e de estabilidade, assistente de partida em rampas, sensor de monitoramento dos pneus, retrovisores com rebatimento elétrico, quatro airbags e dois pontos Isofix de fixação de cadeira infantil.
Você pode até nem perceber logo as melhorias visuais no Captur 2022. Mas houve uma evolução nas linhas de design frontal com luzes de circulação diurnas e vincos mais fortes no capô. Na traseira tudo muito sútil e os mais atentos irão perceber a sigla TCe, a do motor turboflex estampada no lado direito. Lembre-se que a Renault é uma marca francesa e os franceses são mestres na sutileza e nos detalhes de bom gosto no design.
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