A Região Metropolitana de São Paulo encerrou primeiro semestre do ano com 15.210 roubos e furtos de motos, um salto de 29% em relação ao mesmo período de 2022 (11.760). Os dados são do levantamento mensal levantamento realizado pela Ituran Brasil, a partir de dados apurados na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e validados com informações da empresa líder em monitoramento de veículos.
“Observamos um forte crescimento no número de motos novas em circulação, o que, consequentemente, eleva a demanda por peças de reposição. Em 2022, o emplacamento de novas motos avançou 17,7% no Brasil em comparação ao mesmo período de 2021. Foi o melhor resultado dos últimos oito anos. E no primeiro semestre de 2023, já houve um aumento de 22,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Isso traz reflexos nos roubos e furtos que abastecem os desmanches para venda de peças no mercado ilegal”, avalia Fernando Correia, coordenador de operações da Ituran Brasil, citando dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam).
Capital com aumento de 36%
Considerando todos os modelos de motos, a capital paulista registrou um aumento de 36%, de 6.980 para 9.538 ocorrências, na mesma base de comparação. “Santana passou do 10º para o primeiro lugar no ranking de bairros com maior número de casos, com um crescimento de 120% (de 110 para 242). Outro destaque foi o avanço 93%, de 122 para 236, na Vila Mariana, que levou o bairro do oitavo para o segundo lugar no ranking”, afirma o especialista.
Na lista de cidades da RMSP com maior número de roubos/furtos, Osasco passou a ocupar o segundo lugar, depois da capital, com crescimento de 54%, de 481 para 740. No ano passado, a cidade estava na quinta posição. Santo André, que era segunda colocada em 2022, caiu para o quarto lugar, após registrar uma queda de 12% no número de ocorrências, de 633 para 555.
Altas cilindradas
Do total de motos, 62,14% foram furtadas na RMSP e 37,86%, roubadas, quando há ameaça e violência. Considerando modelos entre 201cc a 1000cc, entretanto, o roubo predomina, perto de 58% de proporção, e o furto com 42%.
O total de casos para essas cilindradas cresceu 26%, de 4.145 para 5.230. “Nessa categoria, domingo é o dia da semana com mais ocorrência, uma vez que os donos de motos com mais cilindradas costumam circular durante aos finais de semana”, afirma Correia.
Honda CG 160 segue na liderança
O modelo Honda CG160 permanece no primeiro lugar do ranking e teve um aumento de 41,9%, de 3.396 para 4.819 roubos e furtos. Para esse modelo, a proporção era em 2022 de 71,61% em furto e para roubo 28,39%. Em 2023, o furto subiu para 76,34% e roubo passou para 23,66%.
“Um dos destaques é o crescimento de roubos e furtos do modelo Yamaha Fazer 250, que subiu do quarto para o segundo lugar no ranking. Foram 836 ocorrências no primeiro semestre de 2023, uma alta de 23,5% sobre o mesmo período do ano passado”, completa o especialista.
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