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Uso de bikes compartilhadas cresce e mostra força da mobilidade ativa no Brasil

Escrito por Roberto Nunes

O Dia Nacional do Ciclista, celebrado em 19 de agosto, é um convite para repensar como nos movemos pelas cidades. Mais do que um meio de transporte, a bicicleta é sinônimo de saúde, liberdade e um futuro mais sustentável. No Brasil, esse movimento ganha força a cada pedalada: no último ano, a Tembici, líder em tecnologia para micromobilidade na América Latina, registrou mais de 900 milhões de quilômetros pedalados, o equivalente a mais de 30 mil voltas ao redor do planeta e aproximadamente 67 mil toneladas potenciais de CO₂ evitado. Esses números reforçam a relevância da data e celebram o papel de cada ciclista na construção de cidades mais humanas, ativas e sustentáveis.

Esse avanço se reflete também nos hábitos de quem pedala. Pesquisas recentes da Tembici realizadas com usuários mostram que a intenção de aumentar o uso da bicicleta em 2025 tem se tornado realidade: em Belo Horizonte, 82% dos ciclistas afirmaram querer pedalar mais; em Pernambuco, 74%; e em Curitiba, 71%. Nessas cidades, a bike já é parte da rotina diária, em BH, quase todos usam para ir ao trabalho, faculdade ou academia; em Curitiba, mais da metade; e em Pernambuco, quase metade. São escolhas que, somadas, impactam diretamente a saúde, reduzem os congestionamentos e tornam as cidades mais humanas.
“A bicicleta deixou de ser apenas uma alternativa de lazer para se tornar um pilar da mobilidade urbana. Cada vez mais, vemos as pessoas incorporando o pedal na rotina como forma de economizar tempo, cuidar da saúde e contribuir para cidades menos poluídas. Esse crescimento mostra que estamos no caminho certo para transformar a relação das pessoas com o espaço urbano”, afirma Thiago Boufelli, diretor de operações (CBO) da Tembici.
O Brasil avança na implantação de ciclovias e ciclofaixas, com capitais como São Paulo e Rio de Janeiro ampliando suas redes ano a ano. No entanto, especialistas apontam que a expansão da malha cicloviária precisa vir acompanhada de integração com outros modais, manutenção constante e ações educativas. Segundo o Observatório Nacional de Segurança Viária, melhorar a convivência entre motoristas e ciclistas é fundamental para reduzir acidentes e estimular mais pessoas a pedalar.
O incentivo ao uso da bicicleta está diretamente ligado à expansão da malha cicloviária. De acordo com levantamento da Aliança Bike, nas capitais brasileiras já são cerca de 4.106,8 km de ciclovias e ciclofaixas, um crescimento de 7,3% em apenas um ano. São Paulo lidera o ranking com 710,9 km, seguida por Distrito Federal (551,5 km), Fortaleza (443,1 km), Rio de Janeiro (316,6 km) e Salvador (308,6 km). Apesar dos avanços, essas estruturas representam apenas cerca de 1% da malha viária das capitais, o que reforça a urgência de ampliar a infraestrutura, integrá-la a outros modais e garantir manutenção constante.
“O incentivo ao ciclismo urbano vai muito além de oferecer um sistema compartilhado. É fundamental investir em infraestrutura qualificada e ações educativas para que pedalar seja seguro e acessível todos os dias”, complementa Boufelli.

 

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Roberto Nunes

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