Automotivo

Anos 60: começa a evolução dos carros na Fórmula 1

Escrito por Roberto Nunes

Os anos de 1960 marcaram para a F1 o começo das evoluções. O mais engraçado é que a década terminaria sem se ter encontrado a fórmula ideal para os carros no tocante a aerodinâmica, mas com tentativas no sentido de apetrechos no auxílio a ela.
Foi uma década dos carros “charuto”, assim denominados devido ao seu formato. Confesso que sempre achei esse formato um jeito de catapultar o piloto de tão inseguro que era, insegurança essa que continuava na F1 pois, se na década anterior 17 pilotos faleceram, essa década ceifaria a vida de nada menos 12 pilotos.
Não foi uma década de domínios plenos. Ferrari, Matra e Cooper dividiram temporadas. Pilotos como Jim Clark e Graham Hill ganharam dois títulos cada, Jack Brabham também. Só que este ganhou o campeonato de 1959 então se tornou tri campeão no final das contas. A década terminaria com o título de um futuro tri campeão também, o Jackie Stewart.
Foi nos carros as maiores tentativas e mudanças, carros pequenos, leves e rápidos como os Cooper fizeram sucesso, pilotos começaram a criar suas equipes, alguns famosos como Jack Brabham que criou a Brabham, outros nem tanto como Colin Chapman a Lótus.
Foi a década também que marcou o início da comoção mundial em relação a morte de um super talento, embora não tenha perecido numa prova de F1 e sim F2 a morte do Jim Clark (sempre equiparado a um Ayrton Senna da época) levou o mundo as lágrimas.

Sendo sempre o laboratório de ideias que é a Fórmula 1 os anos 60 terminariam com imagens beirando o cômico. Tentando utilizar o Princípio de Bernoulli (comportamento de um fluido movendo-se ao longo de uma linha) as famosas “asas traseiras” eram enormes e pouco confiáveis. Por isso alguns pilotos sequer cogitavam usar como por exemplo o futuro campeão Jochen Rindt que viria a ganhar o título e falecer em 1971, mas isso é assunto para a próxima coluna. Até lá.
Durval Pereira é comentarista automobilístico

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Roberto Nunes

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