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Brasil deve acelerar a transição energética no setor automotivo

Escrito por Roberto Nunes

Por Stella Li

A eletromobilidade surge como uma opção real para responder aos desafios climáticos e ambientais, por meio da revolução rumo a um transporte moderno, eficiente e, acima de tudo, mais limpo.

 

 

De acordo com o sexto relatório do IPCC, é necessária uma redução imediata das emissões de gases de efeito estufa (GEE) em todos os setores para limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, o que implica uma redução entre 40% e 70% das emissões do transporte até 2050, em comparação com 2020.

 

 

 

Esse é um enorme desafio, considerando que a demanda nesse setor está aumentando. Estima-se que o transporte de passageiros se multiplicará por 2,3 vezes em 2050, e o de carga por 2,6 vezes, de acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

 

 

 

A eletromobilidade reduz os GEE, a poluição e o desperdício e melhora o desempenho dos veículos e os custos de manutenção. Os veículos elétricos consomem um quinto da energia dos veículos a combustão interna e emitem menos ruído, gases e material particulado, o que melhora a qualidade do ar e evita doenças. As baterias elétricas têm uma segunda vida útil como solução de armazenamento de energia, completando a economia circular. Os motores elétricos têm menos peças móveis, o que reduz significativamente os custos e gera economia de combustível. A eletromobilidade oferece uma solução de transporte sustentável e eficiente para responder ao aumento da demanda por transportes, sem comprometer a qualidade do ar e do planeta que compartilhamos.

 

 

 

A BYD, líder mundial em tecnologias sustentáveis, tornou-se a primeira montadora a deixar de produzir e vender veículos a combustão em março de 2022. Nosso objetivo é reduzir a temperatura da Terra em 1°C, e já produzimos mais de 3 milhões de veículos eletrificados. Entretanto, precisamos que os países acelerem a transição para o transporte elétrico e incentivem parcerias público-privadas para viabilizar o sistema.

 

 

 

No Brasil, fizemos progressos significativos na implementação da eletromobilidade. A BYD chegou ao País em 2015, quando inaugurou sua primeira fábrica de montagem de ônibus 100% elétricos em Campinas (SP). Em 2017, abriu uma segunda fábrica, também em Campinas, para a produção de módulos fotovoltaicos. Para abastecer a frota de ônibus elétricos, a empresa iniciou, em 2020, a operação de sua terceira fábrica no Brasil, no Polo Industrial de Manaus (PIM), dedicada à produção de baterias de fosfato de ferro- lítio (LiFePO4).

 

 

 

 

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Roberto Nunes

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