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Brasil gasta R$ 20 bi/ano com mortes em acidentes de trânsito

Escrito por Roberto Nunes

O Brasil perde anualmente cerca de R$ 20 bilhões por ano com mortes em acidentes de trânsito, o que representa 0,2% do PIB brasileiro em 2022. Uma pesquisa do Super App Gringo realizada em parceria com o Centro de Liderança Pública mostra que, apesar do alto custo, desde 2014, os óbitos estão em queda. O custo anual de vidas perdidas em um período de oito anos, que vai de 2012 a 2020, chegou a R$ 180 bilhões. No período, o país contabilizou 335.424 mortes em transportes. Cada óbito representa uma média de R$ 536 mil gastos.

O custo econômico das perdas de vidas no trânsito foi calculado a partir do modelo desenvolvido por órgãos internacionais já usado pelo IPEA, que se utiliza a sobrevida esperada dos acidentados e a trajetória esperada de renda privada destes, com os dados mais recentes disponíveis pelo DataSUS, e da PNAD Contínua de 2020 para estimar a trajetória de rendimentos privados por idade.

“Diante do alto custo para o governo, os danos causados pelas perdas de vida no trânsito afetam toda a sociedade. Durante a campanha Maio Amarelo, temos a oportunidade de abrir o diálogo entre gestores públicos, empresas privadas e a sociedade para construir, em conjunto, soluções para uma mobilidade mais segura dos cidadãos”, explica Joelson Vellozo, Diretor de Public Affairs do Gringo.

O Brasil ainda está distante dos países desenvolvidos em relação às vidas perdidas no trânsito, mas, desde o ano de 2014, vem apresentando redução das mortalidades nos transportes, revertendo a tendência de crescimento que vinha desde o ano de 2000, com base em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O pico, em 2012, foi de 24,83 mortes por grupo de 100 mil habitantes. Em 2019 (dado mais recente), a mortalidade foi de 16,05 por grupo de 100 mil habitantes — a menor taxa da série histórica iniciada em 2000.

“Um conjunto de políticas públicas, como campanhas educativas, tolerância zero ao álcool na direção, além da redução na circulação de veículos devido à crise econômica entre 2014 e 2016, contribuem para a tendência de queda. A partir de 2020, é provável que a taxa seja ainda mais reduzida, devido às restrições de mobilidade durante a pandemia”, explica Joelson.

A conscientização por meio de campanhas educativas, revisão e criação de leis de segurança viária, acompanhadas de fiscalização, melhorias na infraestrutura das vias e aprimoramento da segurança dos veículos são medidas que devem ser cada vez mais discutidas entre os setores público e privado, de acordo com o executivo.

 

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Roberto Nunes

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