Comércio de carros voltou e o cliente sumiu da loja

Por Roberto Nunes
O comércio de carros voltou na capital baiana. Nesta pandemia do Covid-19, os lojistas e concessionários tentaram fazer negócios “online” mas o perfil tradicionalista do consumidor – quer ver e andar no carro e pedir descontos e brindes como multimídia e tapetes, por exemplo – segurou as vendas em volumes baixos na Bahia. E depois de um mês do retorno das vendas presenciais de carros em Salvador, há quem comemora e há quem ainda não entendeu o momento atual. É a história: a ficha nem caiu.
O empresário Ari Pinheiro Júnior, da Pinheiro Veículo e presidente da Assoveba, a associação de lojistas de veículos seminovos da Bahia, está entusiasmado. Nos meses de abril a junho, Pinheiro Júnior conseguiu bons negócios e valorizou o contato digital por meio do whatsapp, sites de venda, canal no Youtube e redes sociais como o Instagram. “Sabemos que a venda online ainda é pequena, mas conseguimos fazer o contato com o cliente, mostramos o carro e começamos o processo de negociação por telefone ou via whatspp. Com a loja aberta, o cliente voltou”, relata o comerciante.
 

No outro lado da ponta, o movimento de clientes caiu no showroom das concessionárias de carros zero km. Quem ainda vai está em dúvida e, na maioria das lojas, a falta de clientes assusta os gerentes e consultores. Na loja da Avenida Paralela da Eurovia Nissan, o gerente Fernando Reis garante que conseguiu a proeza de 50% das vendas do seu melhor mês, o de dezembro de 2019. “Foram quase 80 carros no final de dezembro. Conseguimos a metade neste retorno, o que é bom”, comemora, adiantando que o Kicks lidera a preferência entre os modelos Nissan em Salvador.
 
Esta é uma das notícias publicadas na coluna Autos e Motos do site Bahia Social. Confere lá no Bahia Social.