A Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), por meio da Comissão Nacional de Kart (CNK), divulgou novo regulamento de homologações de produtos para kart nas categorias Cadete, Mirim e Grupo 3 (chassis, freios, carenagens e ferragens, para-choque traseiro).
O processo será válido para os anos de 2023 a 2026. Para a homologação de novos produtos ou re-homologação de produtos para as categorias Cadete e Mirim, as normas da CBA permanecem as mesmas, sem qualquer alteração.
Com relação às carenagens, a única alteração será a modificação do Painel Dianteiro, também conhecido como “Bico”. A partir desta homologação, os bicos das categorias Cadete e Mirim deverão seguir o padrão da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para a categoria internacional Mini 60, com o mecanismo de recuo da peça na ocorrência de impacto.
“Devido aos problemas decorrentes da pandemia da COVID-19, as homologações para estas categorias foram estendidas, postergando investimentos na modificação do ferramental dos fabricantes. Esta foi a razão para a demora da introdução do ‘recuo dos bicos’ nestas categorias”, explicou Ricardo Molina, responsável técnico da CNK.
Já a abertura de homologação para o chamado “Grupo 3” da FIA acontecerá pela primeira vez. Ela regulamenta os karts de tamanho intermediário (entre os Cadetes e os chassis grandes dos Grupos 1 e 2).
São chassis de maior distância entre eixos e dotados de freios hidráulicos, mas que usam os mesmos pneus e as mesmas peças de carenagem. São destinados ao uso de motores 2 tempos, para possíveis categorias que se insiram logo após a Cadete e mais em linha com as categorias FIA.
Vale ressaltar que a CBA manterá as categorias Cadete e Mirim como são hoje, no entanto, acredita que a chegada do Grupo 3 abrirá novas possibilidades de desenvolvimento dos pilotos mais jovens.
“Já temos categorias destinadas aos pilotos na faixa etária da Cadete com o uso de motores 2 tempos no Brasil, mas que utilizam, por falta de outra opção, os chassis da Cadete, muito curtos e dotados de freios mecânicos, situação que em nossa visão é deficiente do ponto de vista de segurança”, explicou Molina.
“Os chassis do Grupo 3 FIA apresentam uma maior distância entre eixos, com maior segurança para as pernas do piloto, e freios hidráulicos com maior poder para lidar com as velocidades e energia cinética proporcionada pelos motores 2 tempos”, continuou o engenheiro.
“O engajamento dos fabricantes nacionais neste Grupo também abre novos mercados para os produtos brasileiros, sobretudo nas Américas”, concluiu Molina.
Ainda este mês, a CNK também irá publicar as normas para motores e componentes relacionados, para os anos de 2023 e 2024.
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