Automobilismo Automotivo Serviços

Frank Williams, um ícone do mundo da Fórmula 1

Escrito por Roberto Nunes

Por Durval Pereira
Frank Williams teve realmente que “ralar” para conseguir algo na F1. Começou comprando carros de competição ou chassis já usados e velhos na F3, galgou a F2 e resolveu se aventurar na F1. Por seus carros passaram em vários momentos pilotos como Piers Courage (grande amigo que financiou algum tempo a Frank e faleceu num trágico acidente na Holanda em 1970), Henry Pescarolo, Arturo Mezario, Jacques Lafitte.
O brasileiro Jose Carlos Pace deu seus primeiros passos na F1 por intermédio de Frank Williams que entre alugar e comprar carros e chassis e leiloar vagas para outros ia sobrevivendo até que em 1978 num lance ousadíssimo, ao saber que alguns princípes árabes estavam hospedados em um hotel, pintou um carro de F1 Williams com as cores das empresas dos príncipes como patrocinadoras e o apresentou. Deu certo, inclusive com a família de Osama Bin Laden e junto com Patrick Head, contratou pilotos como o australiano Alan Jones (campeão com a equipe em 1980) e a partir daí a Williams passou de coadjuvante a protagonista. De lá para cá são sete títulos de pilotos e nove de construtores, com 114 vitórias.

Quem vê os resultados da equipe hoje não consegue associar ao título ao qual foi agraciado, “Sir”, nascido em Shout Shields, norte da Inglaterra teve a honra que é outorgada a cidadãos britânicos de sucesso desde que bem comportados, pelo menos aparentemente.
Se nos tempos difíceis pilotos buscando consagração já fizeram parte do seu time, com a fama então vieram pilotos consagrados. Ayrton Senna, Alain Prost, Nigel Mansell, Nelson Piquet. Ironicamente, o mais talentoso de todos foi o único a não ser campeão pela equipe Como se sabe, Senna morreu na temporada de estreia.
 

Sir Frank faleceu nesse domingo encerrando assim uma era de empreendedores românticos, aventureiros, sonhadores, todos mãos na graxa, o tempo é uma evolução constante, mas paradoxalmente finito.

Por ser finito esse tempo, essa coluna vai em homenagem a dona Margot, amiga que também acaba de fazer a inevitável passagem celestial.

Sobre o Autor

Roberto Nunes

Deixe um comentário