Carros

O transporte e a energia em movimento

Escrito por Roberto Nunes

Por Lu Nascimento

Os meios de transporte, em seus distintos modais, são primordiais no deslocamento de pessoas e cargas. Segundo o Balanço Energético da Bahia, em 2016, transporte (22,8%) era o segmento com a maior apropriação da oferta interna de energia do estado, acompanhado pelos usos industrial (17,9%) e residencial (11,1%).

O setor de transporte consumiu, basicamente, diesel para ônibus e caminhões, destacando a relevância do transporte rodoviário. A gasolina e o etanol ocuparam, nessa ordem, a segunda posição e o terceiro posto no ranking das fontes predominantes. Nesse sentido, é necessário ressaltar o aumento da demanda por esses dois combustíveis em virtude da ampliação da frota de automóveis e motocicletas no estado que passou de, respectivamente, 1,684,719 e 1,206,652, em dezembro de 2016, para 1,829,141 e 1,293,820, em dezembro de 2018, de acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito.

A análise da série histórica da matriz energética da Bahia, ainda no que tange o uso do álcool e da gasolina, revela a existência de substituição entre essas duas fontes. A razão é a frota flex, cujo motor funciona com mais de um combustível. Além do aumento da frota, outro fator que influencia a oferta e a demanda interna do etanol é o preço do açúcar e de outras commodities, derivadas da cana-de-açúcar, no mercado internacional.

Transporte e meio ambiente

No Brasil, instrumentos legais já impõem à adição de álcool à gasolina e de biodiesel (óleos vegetais ou gorduras animais, renováveis e biodegradáveis) ao diesel convencional. Precisamos ampliar o uso das fontes renováveis, com baixa emissão de carbono. A utilização de carros elétricos, por exemplo, só será válida se a energia que alimentar esses veículos partir de fontes ecológicas.

Em síntese, é necessário aumentar a eficiência energética e ambiental do setor de transporte: produzir e utilizar energia de forma mais inteligente e limpa.

 

Lu Nascimento é economista, pesquisadora e PhD em Recursos Naturais pela University of New Hampshire, EUA

Sobre o Autor

Roberto Nunes

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