Por Diego Fischer
Se você está pensando em vender um veículo usado ou seminovo, é bom saber que, apesar da crise do mercado automotivo em razão da pandemia, suas chances de conseguir um bom negócio são muito boas. Em alguns casos, é possível até conseguir valores acima da tabela Fipe.
Não existe fórmula mágica para isso: vender um veículo pode dar certo trabalho e, para garantir o melhor preço possível, é preciso saber se antecipar, levando em conta uma série de detalhes e procedimentos importantes. O primeiro passo para vender seu carro usado é definir o valor pelo qual deseja negociá-lo. Embora isso pareça ser algo simples, é preciso se atentar a alguns aspectos importantes para não errar na precificação do seu veículo e conseguir um bom negócio.
Primeiramente, é preciso lembrar que há variações nas faixas de preço de cada modelo, com valores máximos e mínimos de revenda sendo praticados pelo setor. Seu objetivo é conseguir um valor de venda o mais próximo possível do preço máximo do seu automóvel, mas nem sempre isso é possível, pois alguns fatores que fogem ao seu controle entram nesse cálculo.
O mercado toma como base o ano-modelo do veículo, em vez do ano de fabricação, e o quanto o carro já rodou. Não há muito o que você possa fazer aqui: por mais conservado que seja o veículo, ele será precificado com base nesses quesitos. Quanto mais antigo e rodado, menor tende a ser o seu preço de revenda.
Outro fator que impacta diretamente o cálculo de preço do seu carro é a cor. De acordo com um estudo, certas cores acabam influenciando na depreciação do veículo: as mais chamativas – como o verde – ou que deixam pequenos arranhões à mostra – como o preto – tendem a ser mais desvalorizadas. Tons de cinza ou prata ajudam a esconder riscos e colaboram para uma menor depreciação. Já o vermelho está entre as cores que menos provocam desvalorização.
Veículos que já se envolveram em acidentes e sofreram algum tipo de dano estrutural recuperável podem sofrer uma redução de até 50% do seu valor, por melhor que seja o resultado final do reparo. É claro que ninguém deseja bater o carro, mas, se aconteceu com você, prepare-se para lidar com a desvalorização.
A localidade pode influenciar no valor do veículo, pois os preços tendem a variar de acordo com cada região do país. Vale a pena pesquisar em revendedoras e anunciantes da sua cidade ou estado para saber como outros vendedores precificaram o mesmo modelo.
Depois de descobrir quanto o mercado paga, em média, por seu carro, é hora de conhecer algumas dicas e segredos importantes, que podem ajudar você a aumentar o valor de revenda ou, ao menos, amenizar os fatores que desvalorizam o veículo, como: mecânica em ordem, revisões em concessionárias, aparência do veículo, por dentro e por fora, documentação em dia, fotos de boa qualidade, anúncio atrativo, único dono e definir o canal de vendas, são fatores que podem ajudar e muito a comercialização.
Em tempo de pandemia e medidas restritivas, algumas plataformas on-line podem ajudar você nesse momento, lidando com todos os trâmites envolvidos na venda direta, desde levar seu carro para test drives com os interessados até cuidar de toda a burocracia com a documentação da transferência, tarefas que seriam de responsabilidade sua. Ou seja, é preciso investir um tempo valioso – que talvez você não tenha – para conseguir o tão sonhado retorno: vender seu carro pelo melhor preço possível. Fica mais uma boa dica!
* Diego Fischer é CEO da Carupi, startup de tecnologia que facilita o trâmite de compra e venda de automóveis – carupi@nbpress.com.
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