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Honda equipa WR-V mas peca na ausência de mimos no carro

Escrito por Roberto Nunes

Por Roberto Nunes
O WR-V é o “patinho feio” da Honda. Lançado como crossover baseado na plataforma do hatch Fit, o modelo da marca japonesa ganhou uma remodelação e mais equipamentos de série para tentar entrar na briga dos SUV’s compactos urbanos no mercado brasileiro. É bem verdade que o WR-V 2021 melhorou, sim, mas ainda está longe de ser uma das melhores opções de carros urbanos no país.
Enfim, a Honda colocou mais segurança no WR-V 2021. O modelo tem pretensões de oferecer o melhor dos hatchs e dos SUV’s compactos. O carro ganhou uma nova versão de entrada, a LX, e aprimoramentos em segurança, com a adoção dos controles de estabilidade e tração (VSA), assistente de partida em aclive (HSA) e alerta de frenagem emergencial (ESS) em todas as versões, como equipamento de série.

Equipado com o motor 1.5 flex, de 116/115 cv e 15,3/ 15,2 kgfm de torque (etanol/ gasolina), conectado ao câmbio automático do tipo CVT, o novo WR-V fica com desempenho mediano. Anda bem na cidade e precisa de mais motor na estrada. O modelo também traz sensor crepuscular, para o acendimento automático dos faróis, com regulagem de altura do facho.
Essa é a primeira atualização do WR-V, modelo lançado em 2017 no Brasil. O novo visual do WR-V traz uma nova grade frontal, com desenho horizontal e área cromada estreita. Há faróis (nas versões EX e EXL) com tecnologia de LED e uma nova moldura com lâmpadas em LED na EX e EXL. Todas as versões trazem luzes diurnas de rodagem em LED.

AUTOS E MOTOS andou na configuração mais cara do WR-V 2021. Tem rodas de 16 polegadas e dispensa sensores presenciais para abertura e fechamento das portas, por exemplo. O hatch meio SUV tem bancos em couro com costuras na cor preta. O painel ganha atualizações pontuais nas cores aplicadas, com a utilização de friso do volante e molduras do painel em black piano, com detalhes cromados.

A versão EX já tem ar-condicionado digital e automático touchscreen, que torna mais prático e eficiente o controle da temperatura interna, e uma central multimídia touchscreen de 7 polegadas, com conectividade com os sistemas Apple CarPlay e Android Auto. Traz ainda o apoio de braço no console central, painel bluemeter, volante revestido em couro e controle de cruzeiro. Na linha 2021, a versão EX também incorpora outras novidades, como os paddle shifts para trocas sequenciais de marchas, sensores de estacionamento traseiros e sistema de áudio com dois tweeters adicionais aos quatro alto-falantes.

Além de todos os itens acima, a versão EXL possui ainda bancos revestidos em couro, navegador GPS integrado ao sistema multimídia, retrovisores eletricamente rebatíveis, sensores de estacionamento dianteiros e espelho interno fotocrômico.
No uso urbano, o WR-V é um carro justo mas é um Fit anabolizado. Não vale o valor de quase R$ 100 mil pois há outros modelos de marcas diferentes que oferecem mais espaço, equipamentos e motor mais forte. É um veículo sem apelo visual, sem mimos nem tantas melhorias no acabamento interno. A Honda tenta segurar o cliente pelo poder de revenda, mecânica mais ajustada e agora com itens de segurança. O multimídia ainda é uma pedra no sapato das marcas japonesas, já que hoje há sistemas mais modernos e mais intuitivos para o emparelhamento do seu smartphone.

Todas as versões do WR-V trazem airbags frontais, freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem (EBD), além da exclusiva estrutura de deformação progressiva ACETM (Advanced Compatibility Engineering) e barras de proteção nas portas, garantindo a máxima proteção nas eventuais situações de colisão.
Na segurança, é um carro nota 10. No pacote de equipamentos, ainda entra na briga com todos. Mas no apelo visual e nos mimos, ainda falta muito para a Honda agradar quem realmente quer estacionar um SUV urbano na garagem.

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Roberto Nunes

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