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Jetta 1.4 briga com Sentra como "carro do Tiozão"

Escrito por Roberto Nunes

O sedã médio Jetta tem duros concorrentes no Brasil. No mercado nacional, o carro da Volkswagen segue como “plano B” no meio de Toyota Corolla, Honda Civic e Chevrolet Cruze, modelos mais vendidos do segmento. Seu visual não é dos mais esportivos com linhas mais para o tradicional, o chamado “carro do Tiozão”.  Recém lançado em versão GLI com pegada e design mais esportivo, o sedã da VW oferece configuração 1.4 TSI 250 para bater de frente com Nissan Sentra como opção de sedã família, espaçoso e bem equipado.

Por Roberto Nunes
A Volkswagen manteve o “pé no chão” na linha de design do Jetta. Ofertado no seu lançamento em 2018 com motor 1.4, da família TSI com turbo e 150 cavalos, acoplado ao câmbio automático de seis velocidades, o novo Jetta esbarra também na briga interna com o crossover T-Cross, modelo lançado em abril e com preço na faixa dos R$ 100 mil, o mesmo valor cobrado para o consumidor estacionar um Jetta zero km na sua garagem. Essa dúvida ronda a cabeça de quem compra carro com a calculadora na mão e, assim, fica bem complicado escolher entre um sedã médio família e um SUV urbano mais modernoso.
O novo Jetta chega na sua configuração 250 TSI com frente de Passat e traseira de Virtus. É isso mesmo: o tal padrão global de design mistura o que há de acertos no sedanzão Passat e do sedã compacto Virtus. Fora as dimensões com 4,702 metros de comprimento e 2,688 metros de distância de entre-eixos, o novo Jetta fica no meio termo entre um grande-Virtus e um mini-Passat. Tem bom espaço para bagagens com 510 litros de porta-malas.

É “meio” imponente no seu visual com faróis, lanternas e luzes de condução diurna de LED, além de faróis auxiliares de neblina. AUTOS E MOTOS andou por 20 dias com a versão mais equipada do Jetta 250 – numeral que indica seu bom torque de 250 Nm. Por sinal, o conjunto mecânico do Jetta 1.4 TSI é o ponto mais forte junto com o moderno sistema multimídia com espelhamento de smartphone nas plataformas IOS e Android. Para quem está ao volante, é realmente dispensável as aletas para a troca de marchas. Na prática, não faz diferença alguma o sistema de trocas de marchas atrás do volante para melhorar a condução.

O sedã Jetta 1.4 250 testado tem chave presencial, bancos com revestimento que lembra couro, o tal couro sintético, e sistema de som é  funcional. O ar-condicionado é automático digital de duas zonas e a Volks equipa o Jetta com controle de estabilidade, bloqueio eletrônico de diferencial, seis airbags, assistente de partida em rampa, central multimídia com tela tátil de oito polegadas, volante multifunção, sensores de manobra dianteiro e traseiro, Start-stop, sensores crepuscular e de chuva e controlador de velocidade de cruzeiro.

Em situação de viagem, o Jetta mostra que é um carro confiável nas aceleradas e, principalmente, nas curvas mais acentuadas. Acima dos 100 km/h, o prazer de dirigir é algo que lembra o de modelos Audi. É bem verdade que a mecânica é bem parecida, já que a Volks é dona da Audi e, assim, fica mais simples trazer a tal da dirigibilidade de um sedã premium do andar de cima para o andar de baixo. Outro ponto forte na mecânica é a relação direção elétrica e tração dianteira, que trabalham em sintonia com o sistema de suspensão – dianteira com tipo McPherson e dianteira com barra estabilizadora, roda tipo independente e molas helicoidal e traseira com  multibraço,  barra estabilizadora, roda tipo independente e molas helicoidal.
Por dentro, o espaço para quem anda no banco traseiro é dos mais generosos. O acabamento do painel de instrumentos é simples e funcional. Nem nada de mais nem nada de menos. O motorista tem todos os sistemas, dispositivos e informações do carro em suas mãos e com o auxílio do multimídia e do painel de instrumentos. Entre os mimos, o teto solar panorâmico com sistema elétrico. No entanto, ainda é um sedã médio que quer ser convocado para o “primeiro time”. No Brasil, a preferência fica entre os japoneses Toyota Corolla e Honda Civic. O líder Corolla pega a clientela mais tradicional e o rival Civic fica com a turma mais jovial.
Para os concorrentes, os sedãs Corolla e Civic andam lá na frente  Para o consumidor, é bom sempre avaliar e fazer um test drive antes de fechar a compra. A Volks tem sim bons sedãs atualmente – o moderninho compacto Virtus e o importado e luxuoso Passat. Mas ainda pena no segmento dos médios. Com a chegada do Jetta GLI, é possível mudar de patamar de vendas. Por enquanto, o Jetta 1.4 continua na série B dos sedãs médios ofertados no mercado brasileiro.
 
 
 
 
 
 

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