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Kwid e-Tech é a primeira “prateleira” dos elétricos

Escrito por Roberto Nunes

A relação carro e eletricidade deve aumentar com a oferta de modelos com motor elétrico no Brasil. E o crescimento da venda de veículos mais baratos é a grande saída para os carros elétricos no País. A francesa Renault lançou em 2022 o Kwid e-Tech, subcompacto que chegou para revolucionar o conceito de modelos de entrada. AUTOS E MOTOS já havia andado no Kwid e-Tech em seu lançamento em São Paulo. Agora, rodou por cinco dias no hatch da Renault na capital baiana.

Em relação ao Kwid produzido no Paraná, a versão elétrica é um avanço e tanto para quem deseja um hatch pequeno, urbano e de dirigibilidade diferenciada. Feito na China, o Kwid elétrico tem suspensão mais ajustada, painel de instrumentos mais simplório com informações precisas sobre a autonomia e mellhores encaixes nas peças e componentes internos.

Na prática, a Renault oferece uma das opções mais em conta entre os veículos elétricos no Brasil. Sem uma política de incentivos, a marca francesa faz seu movimento e mostra que tem produtos para popularizar os carros eletrificados e inclui um dos integrantes da gama e-Tech na prateleira mais baixa dos modelos com” motor verde” no mercado nacional.

E é esta continha que o consumidor está de olhos bem abertos. Com o preço dos combustíveis fósseis oscilando e cada vez mais poluentes, o Kwid e-Tech surge como uma das melhores saídas para quem deseja um segundo carro estacionado na garagem e com qualidades urbanas e de emissão zero de poluentes. A praticidade de um carro elétrico é comprovada no cotidiano. É possível carregar o conjunto de baterias em casa ou em uma das estações espalhadas em Salvador – e em outras cidades pelo Brasil afora.

O Kwid e-Tech surpreende por ser um carro compacto e urbano. Tem 3,68 metros de comprimento, 1,57 m de largura, 1,47 m de altura e um entre-eixos de 2,42 m. O hatch da Renault pesa 977 kg, o que são 191 kg a mais do que a versão com motor a combustão. Seu porta-malas tem capacidade para 290 litros, a mesma do Kwid brasileiro.

O Kwid e-Tech tem chave normal mas você percebe que é um veículo mais ágil na primeira pisada no acelerador. Por sinal, a versão elétrica do hatch da Renault vem com câmbio automatizado, um avanço para o segmento de modelos de entrada. Seu conjunto de baterias de 27 kWh de íon-lítio entrega uma autonomia média de 265 km no ciclo combinado. É pouco e, na média, você chega aos 200 km rodados com a carga inteira nas baterias.

Na hora de recarregar, é possível usar uma tomada comum, recuperando 190 km de alcance em 9 horas. Usando uma recarga rápida (DC), o tempo cai para 40 minutos. Este ainda é o maior entrave e deixa o Kwid e-Tech como carro urbano. É bom sim andar na cidade e não arrisque pegar estrada com um carro elétrico sem antes verificar se há eletroposto no roteiro da viagem. Até a praia do Forte, no litoral norte de Salvador, é possível recarregar em um supermercado na entrada da praia. Ai você deve deixar o carro para ter, no mínimo, 50% de bateria para retornar até Salvador.

A potência do motor elétrico não é das maiores. São 65 cv (48 kW) de potência. E o carrinho pena um pouco para subir os ladeirões na capital baiana. Segundo dados da Renault, o hatch acelera de 0 a 50 km/h em 4,1 segundos, e tem velocidade máxima limitada a 130 km/h. A fabricante oferece uma função Eco, usando um sistema de regeneração de energia nas frenagens para manter a carga das baterias, que segundo a Renault, otimiza em até 9% o consumo de energia.

O motorista e demais passageiros estão com a segurança garantida, já que o Kwid e-Tech tem seis airbags e controle de estabilidade. O subcompacto da Renault traz ainda central multimídia com tela de 7” com Android Auto e Apple CarPlay, painel de instrumentos com mostradores digitais, assistente de partida em rampas, monitoramento de pressão dos pneus, entre outros pequenos mimos.

É uma opção no mercado. Saiba que são R$ 150 mil investido em um carro elétrico e urbano com pacote verde. Você está comprando a ideia de ser um cidadão ambientalmente correto e que valoriza o movimento para popularizar os carros elétricos no Brasil. A Renault está fazendo a sua parte e o consumidor também ao comprar um carro elétrico. Agora, o governo deve também lançar mão dos impostos e valorizar quem deseja produzir e comprar um veículo 100% elétrico e de matriz energética totalmente limpa.

 

Confira meu comentário no test drive do lançamento do Renault Kwid e-Tech na matéria no canal AutoLive, do jornalista Edson Moura, do Pajuçara Auto de Maceió.

 

 

 

 

 

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Roberto Nunes

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