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Renault Oroch enfrenta Toro com robustez e motor turbo

Escrito por Roberto Nunes

Por Roberto Nunes

Opção do segmento de picapes médias-compactas, a Oroch surgiu para brigar com a Fiat Toro. O modelo da marca italiana tem dado banho no mercado e não é à toa que fabricantes como a nova Chevrolet Montana querem sua fatia neste segmento. A briga é das mais árduas e a Renault posiciona a Oroch para quem deseja uma picape com cara de picape e jeitão mais duro de picape. É ofertada nas versões Pro, Intense e Outsider.

AUTOS E MOTOS rodou por 15 dias com a Oroch Outsider, a versão mais cara da picape da Renault. Entre as qualidades, está o moderno motor 1.3 turboflex, da família TCe, que gera até 170 cavalos e 27,5 kgfm entre 1.600 e 3.750 rpm. O câmbio é automático CVT com simulação de 8 marchas.

Sua mecânica é compatível com as rivais e a Renault quer mesmo mostrar que a Oroch é uma picape robusta e de atrativos mais simples e funcionais. Longe de ser uma picape com componentes de carro de passeio, a Oroch finca suas quatro rodas mais na lida do trabalho e quem deseja usar sua cabine para cinco ocupantes, incluindo ai o motorista, e o espaço na caçamba para transportar até 683 litros, uma boa capacidade para transportar todo tipo de carga. Suporta até 80 kg na tampa da caçamba e tem capacidade de carga de 650 kg (680 kg na versão PRO).

A Renault quer entrar no gosto de quem deseja uma picape mais urbana sem tanto apetrechos. Para tanto, a picape surge em duas versões com o motor 1.6 16V SCe com 120 cv e 16,2 kgfm a 4.000 rpm. Assim como o motor turbinado, essas versões com o motor 1.6 flex tem também o sistema start-stop de série. O câmbio é automático de seis marchas.

Pisar forte na Oroch Outsider é sinônimo de boas respostas do motor 1.3 turbinado, mas também chega uma continha mais alta. Abastecida com etanol, a picape da Renault garante sim sua potência e torque para saídas rápidas e bom desempenho. Assusta um pouco perceber que a autonomia é de apenas 300 km. E olhe que são os números indicados no computador de bordo da própria Oroch.

E por sinal, a Oroch tem muito de Duster. Além de compartilhar a mecânica, a Renault usa volante e todos os indicativos do painel de instrumentos como também as soluções mais práticas no interior. Seu quadro de instrumentos possui novo design, com velocímetro digital ao centro. O volante tem acabamento escovado e botões retroiluminados.

 

A Oroch Outsider possui uma central multimídia de 8” flutuante EasyLink, com conectividade sem fio para smartphones por meio do Android Auto e Apple CarPlay. Com uma tela sensível ao toque de 8’’. Há ainda retrovisores com regulagem elétrica e sensores de manobra em ré. Tem ar-condicionado digital automático, câmera de ré, sensor crepuscular, que permite o acendimento automático dos faróis, sensor de chuva, além de iluminação Follow Me (os faróis ficam acesos por períodos configuráveis de 30 segundos a 120 segundos.

A Renault inclui ainda itens como sensores crepuscular e de chuva, grade frontal com detalhes cromados, retrovisores e maçanetas em preto brilhante, alargadores de para-lama, capota marítima, câmera de ré, faróis de milha auxiliares, grade do vidro traseiro, bancos com revestimento premium, roda diamantada biton. Há Protetor de caçamba, pneus verdes de uso misto e alarme, além de airbag duplo, freios ABS com BAS, controles de estabilidade (ESP) e de tração (TCS).

Na briga, a Renault entra forte com preço e enfrenta a menor Fiat Strada, veículo mais vendido no Brasil. É páreo pelo tamanho e acabamento. Perde feio no volume de vendas. Mas a Renault aposta também no visual mais robusto e agressivo com novas barras de teto, que suportam até 80 kg, e santantônio redesenhado. Tem mercado entre os picapeiros e trabalhadores que precisam e necessitam de um veículo versátil e com capacidade de carga. Além disso, a Renault tem rede competente e seus carros possuem boa aceitação no segmento de seminovos, situações que deixam qualquer consumidor ciente que está levando um veículo para casa com poder de revenda.

 

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Roberto Nunes

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