Por Roberto Nunes
O Brasil é cheio de veículos apenas com visual e apetrechos esportivos. Na prática, o consumidor é aquele apaixonado por bólidos e corridas e não tem poder aquisitivo para estacionar um Ford Mustang ou um Chevrolet Camaro, dois dos esportivos com apelo de vendas e comercializados no mercado nacional. A Renault faz parte do círculo da Fórmula 1 e sua divisão esportiva RS está presente no Brasil. AUTOS E MOTOS desfilou com o Sandero GT Line pelas ruas de Salvador para mostrar que a frase é tudo pose faz sentido para quem deseja “aparecer” pelo visual.
Vendido apenas com o motor 1.0 flex de três cilindros e 82 cavalos de potência máxima, o Sandero GT é um dos poucos representantes de apelo esportivo no segmento de hatches de entrada em solo brasileiro. De desempenho, fica a sensação de uma modéstia sem igual e quem quer colocar o hatch da Renault na garagem tem outro tipo de desejo. Se é apenas pelo visual, o Sandero GT Line fica longe também da portaria da sede RS da Renault. É por causa de consumo de combustível e alguns mimos a mais, ai sim a Renault posiciona bem sua versão de visual esportivo no grid da largada dos carros com apetrechos – digamos assim – interessantes.
Nesta briga, o trio VW up! xTreme, Chevrolet Onix RS e Fiat Argo Trekking entra bem com seus motores 1.0 TSI Flex de três cilindros, 1.0 turbo de três cilindros, e 1.3 Firefly Flex. Com preço sugerido de R$ 72.090, o Renault Sandero GT Line entrega um pacote de mimos bem mais legal. Há rodas de liga leve com pneus 185/65 R15, bancos com acabamento exclusivo, para-choques inspirados na linha RS e detalhes mais vistosos no painel de instrumentos. Na parte traseira há um simples sploiler na tampa. Nada mais do que visual e nem se preocupe que o componente fica mais para adereço do que para auxilio ao condutor nas aceleradas.
O Sandero GT LIne tem ainda alguns itens diferentes das versões urbanas do hatch. A Renault se preocupou apenas com mimos básicos para mostrar que a vesão GT Line é realmente de apelo visual. O pacote de equipamentos de série no Sandero GT Line inclui sistema de ar-condcionado, direção elétrica, mais leve para a condução, vidros e travas elétricas, quatro airbags, freios com ABS e uma boa central multimídia com Android Auto e aplle CarPlay. O dispositivo é de fácil uso e você consegue rapidamente emparelhar seu smartphone para usar seus aplicativos prediletos na tela. Há ainda uma câmera de ré para facilitar as manobras e sensores de estacionamento no para-choque traseiro.
AUTOS E MOTOS usou basicamente o Sandero GT Line em situações urbanas. Seu motor 1.0 de três cilindros gera apenas 10,5 kgfm de torque, deixando o hatch lento para sair da imobilidade com seus 1.035 kg. Depois da segunda e terceira marchas, o Sandero GT Line anda bem e tem um taque de 50 litros. Por sinal, a Renault usa este motor com o câmbio manual de cinco marchas, o que é razoável para quem gosta de passar marchas.
Para quem está ao volante, a Renault entrega bem o que promete. O hatch Renault é tido como modelo de entrada e de baixo custo, já que faz parte do Projeto Global Renault/Dacia e chegou ao Brasil para aumentar o leque de opções para o brasileiro e, como consequência maior, oferecer modelos de baixo custo para o mercado.
Usando o raciocínio global da Renault, é uma opção de veículo que caiu bem no colo do brasileiro. O Sandero GT Line é assim uma excelente proposta de hatch de entrada com custo/benefício e espaço de sobra para motorista, qiuatro adultos e mais 320 litros bem colocados no porta-malas.
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