Por Durval Pereira
Se tinha um circuito em que algo diferente poderia acontecer esse circuito seria Mônaco…e foi.
Logo nos treinos ficou evidente que a luta pela pole position não seria restrita aos carros da Mercedes e a Red Bull do Verstappen. As Ferrari se apresentaram com força. O espanhol Carlos Sainz e o monegasco Charles Leclerc postulavam o lugar de privilégio no grid de largada, melhor para o piloto da casa.
Mas em Mônaco tem sempre um “mas”. Logo após conseguir a pole Leclerc bateu, interrompeu definitivamente os treinos e selou seu destino na corrida do dia seguinte pois nos preparativos para esta o carro apresentou problemas na transmissão resultando num lugar vago no grid, justamente o lugar principal.
Dada a largada, Max Verstappen assumiu o primeiro lugar e a partir daí o holandês não deu chances aos oponentes. Valteri Bottas ainda o acompanhou por certo tempo, mas (repetindo:tem sempre um “mas”…) algo inédito aconteceu em seu pit stop. Pela primeira vez, que se saiba, a rosca única travou (esmerilhou) e a troca de pneus não pode ser feita tirando o finlandês da prova.
Daí pra frente só foi a consolidação da vitória de Max e com o sétimo lugar do Hamilton a liderança do campeonato (105 pontos x. 101 pontos na classificação geral do campeonato de pilotos) e a Red Bull assumindo também a liderança do Mundial de construtores. O GP de Mônaco encerrou com o seguinte pódio: Verstappen, Carlos Sainz e Lando Norris, três jovens pilotos da Fórmula 1.
Destaque positivo da corrida no geral, com exceção da Mercedes e do Hamilton, quase todas as equipes tiveram momentos bons na prova. Destaque negativo a transmissão gerada pela Liberty Média ou quem de direito. Numa Fórmula Um com pouquíssimos momentos de emoção, num circuito que raramente se vê uma ultrapassagem o diretor de imagens cortou no único momento com alguma emoção.
Quando da troca de pneus do Vettel, o Hamilton vinha pressionando o Gasly e eram três carros para fazer uma curva em Mônaco. E o rapaz corta para reprisar uma barbeiragem do Lance Stroll, essa nem o Canadá, país de origem do Stroll, gostou. Próxima etapa dia 06 de junho no Azerbaijão, circuito urbano de Baku.
Durval Pereira é comentarista automobilístico
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