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Trilheiros fazem resgates nos dias chuvosos de Sergipe

Escrito por Roberto Nunes

Por Samuel Daud
Com os aplicativos de envios de mensagens, surgiram os famosos “Grupos do Zap”. Na Bahia, foi criado o “Resgate Off Road Bahia”. Em Sergipe, o “Resgate Off Road Sergipe”. Ambos dispostos a ajudar independentemente de filiações qualquer jipeiro em situação de emergência.
A ideia inicial era resgatar veículos que atolassem em situação de risco, pane ou mesmo um grupo de saísse para fazer uma trilha e necessitasse de um auxílio extra. No final das contas era para chamar os amigos que não foram para trilha vir, agora sob a desculpa de que iria ajudar no “resgate”.
Mas como toda ideia inicial, os objetivos e finalidades foram se estreitando; o que era “desculpa para ir ali” virou coisa séria, as ajudas e os resgates que surgiram foram requerendo mais atenção dos envolvidos e também feito um filtro do que seria ou não caso de resgate desse grupo.
Contudo, em decorrência de fortes chuvas que caíram no Estado de Sergipe entre os dias 09 a 14 de julho de 2019, com medias históricas, o bairro JK na cidade de Aracaju foi inundado devido a cheia do Rio Póxim, e várias pessoas ficaram ilhadas. Nisso surgem os jipeiros e quero aqui citar os guerreiros Gabriel Lorotinha, Fancis Surfista, Kennedy Fonseca e Ramon Mozi, dentre outros que entrando pelas ruas com o nível de água acima de um metro, e começaram a retirar pessoas, veículos, chegando em locais inimagináveis com seus veículos.
Baixado um pouco as águas, verificaram-se os estragos, muitas pessoas desabrigadas e desalojadas. Então alguém pediu uma ajuda de donativos, e o que começou com alguém levando uma garrafa de água, biscoito e umas roupas, virou uma verdadeira ação solidaria, apartidária, em prol dos desabrigados, a corrente do bem para captação de doações, e principalmente poder levar até os locais de difícil acesso, mostrou que a sociedade civil organizada pode e deve ajudar o poder público em situações de caos.

Resolvida a situação do Bairro JK, surgia outro desafio, a cidade de Riachuelo no interior de Sergipe e Coronel João Sá na Bahia, foram inundadas pelas fortes chuvas, então, em somação de esforços fora redirecionado doações para essas áreas afetadas, e surpreendentemente, a população de Sergipe e Baiana, abraçou a causa e foram doados para os dois locais uma quantidade surpreendentemente enorme de alimentos, roupas, calcados, colchões, etc.
Segundo as palavras de Gabriel Lorotinha, “ao iniciarmos nossos resgates e pedir alimentos, despertamos na sociedade a vontade de ajudar, as doações chegaram de vários locais, e também outros grupos se formaram e conseguiram arrecadar doações, isso nos deixou esperançosos”.

Mas para esses veículos chegaram em locais ermos, necessitam de algumas modificações? Sim, como todo bom jipeiro sabe, precisa de alguns ajustes, seja com snorkel que eleva a captação de ar, evitando assim, que entre água no motor, pneus e suspensão mais elevados, dentre outras modificações. Contudo, essas alterações são ou não permitidas pela nossa legislação, como os órgãos de trânsito veem essas mudanças, vamos ouvir todos os lados e trazer nas próximas colunas reflexões sobre o esse ponto polêmico.
 

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Roberto Nunes

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